O  Spitfire  MK I  entrou   em  cena  bem  a  tempo  de  representar   um   papel  de  estrela  na   Batalha  da Inglaterra, baseado nos  brilhantes  aquaplanos  de   corrida   de   Reginald  Mitchell,  o  Spitfire   colocou  o poderoso  Rolls-Royce  Merlin V-12  dentro  de  uma  elegante  estrutura  delgada  com   asas  elípticas  que carregavam oito  metralhadoras.   O  resultado  foi  igual,  e  de  certa   forma   superior  ao   Messerschimitt Me-109, seu adversário na Batalha da Inglaterra.

O Spitfire  Mk I tinha a  velocidade  e agilidade de um  puro  sangue,  e  uma energia  respeitavel   para  os  moldes de 1940. Entretanto, como  a   maioria dos   caças   de    linha  de   frente, ele podia  ser   traiçoeiro   se    não   fosse manuseado com cuidado ou habilidade. Seu  nariz  longo  exigia  curvas  em  S  para  taxiar,  pois era a uníca  maneira de   se    ver   à    frente     durante    o  taxeamento,  e   seu   trem   de   pouso  relativamente estreito combinado com um forte  torque de  hélice   fazia  com  que    decolar    e   aterrissar    fossem  tarefas díficeis.

A  maioria  dos  pilotos  que  voavam o Spitifire amaram   e   juram,   até   hoje,   que   era  uma   máquina que de certa maneira se transformava na extensão dos nervos e músculos do piloto.

O Spitfire foi sendo desenvolvido continuamente com o decorrer da guerra,  tendo mais  ou menos 24  versões.  Duas   grandes  novas  versões  do spitfire foram a Mark V de  1.440 Hp´s  do  qual se   produziu  6.464 aparelhos de 1941 á 1942, e o Mk IX, um modelo montado rapidamente para enfrentar o  desafio do recém emergente  Focke Wulf 190.

A versão do Mk IX para grandes alturas foi essencialmente um Mk V com um motor  Merlin  70  capaz de atingir mais de 400 milhas por  hora.  De  1942  a  1944,  5.665  Mk IX ´s  foram  construidos e, ao final  da guerra, muitos ainda estavam em serviço na RAF.