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2003 foi um ano que nunca irá desaparecer da minha memória. Pela primeira vez, desde à dez anos, tive a oportunidade de assistir a um grandioso concerto dos Bon Jovi. Por sorte, fui acompanhada por uma legião de fãs portugueses que sonhavam pelo mesmo que eu há já muito tempo.
A 22 de Maio de 2003 esse sonho tornou-se realidade quando no Estadio de La Peineta (Madrid - Espanha) os Bon Jovi entraram em palco.
Foi uma mistura de sensações incríveis pois, pela primeira vez o Jon, Richie, David, Tico e Hugh estavam à minha frente em carne e osso e não através da televisão da sala de estar.
Bounce foi o hino de entrada e como não podia deixar de ser, todas aquelas pessoas que se encontravam ali connosco, cantaram-na a pleno pulmões. É inacreditável o que uma banda pode fazer por tanta gente!
O grupo português ocupava as primeiras filas da zona de backstage e acompanhava o Jon e a banda em todas as canções, sem nunca se cansar ou desmotivar. Parecia que era só para eles que o concerto estava a ser dado, em especial, na altura em que Jon se aproximou da zona onde eu e alguns amigos nos encontrávamos e manda um beijo . Ficámos todos extasiados pois, era uma forma de ele nos agradecer de estarmos ali naquela hora, tão longe do nosso país e a acompanhá-lo naquele concerto único e cheio de significado para todos nós.
Canções tão conhecidas como You give love a bad name, Wild in the streets, Living on a Prayer (que levou lágrimas aos olhos a muitos de nós devido à sua força), o novíssimo single Everyday, Keep the Faith e o hino da banda Wanted dead or alive vieram logo de seguida, sem que Jon, o resto da banda e o público perdessem a força e continuassem com o mesmo empenho em todas as canções que ecoavam pelas ruas espanholas naquela noite quente de Maio.
Uma das minhas canções favoritas do novo álbum ,veio logo de seguida: The Distance. Uma canção que sempre que oiço me faz tremer por dentro devido à força das suas palavras. O inicio, então, está fenomenal: "There's a train out in the distance, destination still unknown, Far away where no one's waiting, so far from home, so far from home..." mais uma vez, aquelas palavras pareciam ser dirigidas apenas para nós pois, estavamos tão longe de casa e muitos de nós tinham escolhido o comboio como meio de transporte até Madrid.
Logo a seguir, a guitarra de Richie deu-nos os primeiros acordes de It's my life, que fez com que o estádio ganhasse novas forças. Missunderstood veio logo de seguida, acompanhada por Someday I'll be Saturday Night e Just Older (" Just like a fine wine, just get better with time... " ) logo após, foi a vez de Richie nos surpreender ao cantar o I'll be there for you ("An old song in a new way..." - como o Jon costuma dizer).
Mais uma vez, Jon trouxe ao palco as "velhas botas de cowboy" e cantou Blaze of Glory. Runaway não pode ser esquecida pois, sem ela não existiria esta magnífica banda.
Com Born to be my baby, I'll sleep when I'm dead e Raise your hands, o concerto estava quase no final mas, nada me poderia fazer crer que após tanto tempo e vendo os Bon Jovi pela primeira vez ao vivo, tivesse a oportunidade de ouvir uma das minhas canções favoritas de sempre. Mais uma vez, parecia que os Bon Jovi tinham a consciência de que nós estávamos ali e que desejávamos com todas as forças aquela canção, em especial EU!
Aos primeiros acordes de These Days tive a sensação que o meu coração parou e não me lembro de mais nada a não ser que era impossível estar a ouvir a minha canção favorita ao vivo. Foi a terminação de um concerto memorável, não só para mim mas, para todas as pessoas que tiveram a sorte de ali estar, naquele momento único no tempo.
O meu muito obrigado aos BON JOVI e a todos os FÃS PORTUGUESES (e não só) que comigo tiveram uma das melhores noites de sempre...
Olga Correia
Maio/2005
© Next 100 Years 2005