Making off - Geraldo Melo
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Porém alguns problemas
são verdadeiramente especiais, e um deles foi uma foto
que fiz para o Banco Prime. Olhei o Layout e vi que não
seria nada fácil.. Não tinha tempo de ensaio, pois o prazo era apertado e o mocapista (Marcelão), entregou a armação em cima da hora. Tinha um produtor gráfico a minha espreita, um diretor de arte, e um cidadão do fotolito que a cada cinco minutos ligava para o estúdio para saber se o material já estava pronto. Fundo preto pronto, coloco a lâmpada encaixada no mocape, e rapidamente vejo que era impossível fotografar de forma tradicional. A lâmpada espelhava todo o estúdio. Não podia utilizar fosqueadores, precisava da transparência para ver com nítidez os componentes de dentro. Era evidente que eu deveria fotografar por partes. .Ou seja, uma exposição para o condutor acesso, outra para os componentes do interior da lâmpada, e uma exposição para a lâmpada(bojo). Para a luz da roupa bastava os rebatedores, pois era só para insinuar. Precisava separar o bojo do resto, com um cristal, cortei a lâmpada na base, colada a rosca. E descobri que a lâmpada explodia quando em contato com o ar. Depois de vários testes, descobrimos a solução para acende-la. Colocamos um pequeno fio (tipo o que corta isopor), no lugar do existente, e com cinco pilhas das grandes em série fizemos com que o fio acendesse. Começava a ficar mais fácil. Com a lâmpada dividida em duas comecei uma serie de exposições. Na primeira exposição, apaguei todo o estudio, liguei apenas as baterias em série, acendendo assim só o fio. Trabalhei com 30 segundos de velocidade e 45 de diafragma. Para a segunda exposição, que tinha a funcão de iluminar os componentes, coloquei uma cabeça de flash na lateral, e dois isopores dos lados. Fotografei com velocidade de sincronismo, e 45 de diafragma. Restava tirar o reflexo da lâmpada na terceira exposição. Entendi que nenhuma regra de iluminação valeria no momento, e como estava com a lâmpada cortada resolvi pinta-la de preto fosco. Se pintasse por fora qualquer defeito seria visível e, então joguei a tinta por dentro da lâmpada em boa quantidade, deixei escorrer e secar. Estava pronto para a terceira exposição. E com uma cabeça de flahs rebatendo em um isopor curvo fiz o contorno em volta da lâmpada. Porque pinta-la de preto?. O preto serve como mascara é onde o filme não imprime, logo o único registro que estava imprimindo nesta exposição era o cortorno desenhado pelo isopor. E nas outras exposições, só foi registravdo o que não era preto. Minha sorte foi que toda traquitana montada estava em fundo preto, ou seja me dava liberdade de trabalho sem a obrigação de fazer mascaras muito complicadas. A maquina utilizada foi uma 4x5, Sinnar P2, com uma lente 240mm Schneider. Geraldo Melo Vai para Home-page de Geraldo Melo E-mail [email protected] |