Competição de Remo

Conta a história que, em 1994, houve uma competição entre as equipes de remo do Brasil e do Japão. Logo no início da competição, a equipe japonesa começou a se distanciar e completou o percurso rapidamente. A equipe brasileira chegou a meta com uma hora de atraso. De volta ao Brasil, o Comitê Executivo se reuniu para avaliar as causas do ato desastroso e imprevisto resultado, e concluiu:

1) A equipe japonesa era formada por um Chefe de Equipe e 10 remadores.

2) A equipe brasileira era formada por um remador e 10 Chefes de Equipe.

A decisão passou para a esfera do Planejamento Estratégico, visando realizar uma séria restruturação da equipe para o ano seguinte.

Em 1995, logo após a largada da competição, a equipe japonesa logo se distanciou e, desta vez, a equipe brasileira chegou a meta com duas horas de atraso. Uma nova análise das causas do fracasso mostrou os seguintes resultados:

1) A equipe japonesa continuava com um Chefe de Equipe e 10 remadores.

2) A equipe brasileira, após as mudanças introduzidas pelo pessoal do Planejamento Estratégico, era formada por:

a) Um Chefe de Equipe;

b) Dois Assessores de Chefia;

c) Sete Chefes de Departamento;

d) Um remador.

A conclusão do Comitê que analisou as causas do novo fracasso foi unânime:

O REMADOR É INCOMPETENTE ! !!

Em 1996 uma nova oportunidade de competir com os japoneses se apresentou. O Departamento de Tecnologia e Negócios do Brasil pôs em prática um plano destinado a melhorar a produtividade da equipe. Com a introdução de mudanças baseadas na nova tecnologia e que sem dúvida nenhuma, produziria aumentos significativos de eficiência e eficácia.

Os pontos principais das mudanças eram o "resizing" e o "turn-around" e sem dúvida os brasileiros humilhariam os japoneses. O resultado foi catastrófico, e a equipe brasileira chegou a meta três horas depois dos japoneses!!!

As conclusões revelaram dados aterradores:

l) Mantendo a sua tradição, a equipe japonesa era formada por um Chefe de Equipe e 10 remadores:

2) A equipe brasileira, por sua vez, utilizou uma formação vanguardista, integrada por:

a) Um Chefe de Equipe;

b) Dois Auditores de Qualidade Total;

c) Um Assessor especializado em "Empowerment";

d) Um Supervisor de "Downsizing";

e) Um Analista de Procedimentos;

f) Um Tecnologista;

g) Um "Controller";

h) Um Chefe de Departamento;

i) Um Controlador de Tempo;

j) Um remador.

Depois de vários dias de reunião e análise da situação o Comitê decidiu castigar o remador e, para isto, aboliu "todos os benefícios e incentivos em função do fracasso alcançado". Na reunião de encerramento, o Comitê, fortalecido com a presença dos principais acionistas decidiu "Vamos contratar um novo remador mas utilizando um contrato de Prestação de Serviços de Terceiros, sem, vínculos trabalhista, para não termos de lidar com o sindicato que sem dúvida nenhuma degrada a eficiência e a produtividade dos recursos humanos.

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