Carta ao Amor

   Menina,

e eis que a vida se me revela ... na forma de palavras.

T�o simples. Sempre presente ... morrerei de sorriso aberto na alma depois de sentir na pele o furac�o de letras feito m�sica que brotar dos teus l�bios.

Recordo sem medo esse instante que nunca vivi. Os sons que jorram s�o �nicos, entre o �xtase e o horror por tamanha perfei��o ; O para�so ter� a sua revela��o nesta can��o que me embala o esp�rito numa cad�ncia feita de suspiros ...

Pequenos frutos de uma �rvore qualquer, onde l�grimas s�o o seu alimento, a sua dor, doce mel. M�os talhadas em poesias. Deixa que as diga sem pensar , que elas toquem o infinito e o olhar se extenda para l� da nossa simples e ing�nua compreens�o.

Vem.

Salta de sonho em sonho, at� o mundo acabar em chamas geladas de uma flor paix�o ... O perfume que inebria ser� no escuro a seiva dos sentidos , o del�rio inconstante de uma estrada por encontrar , voar ... por entre sabores lua esquecidos.

E a ecoar na noite estar� a mensagem sofrida de um dia.

Amo-te  [ * * * * ] , menina.

Desejo.

Sol e alegria.