Não era Viver
Interrogo os céus ...
o mar ; e a solidão
que queres de mim ?
Agora que me arrasto no chão
ainda sonho acordado um sonho talhado
ainda vivo numa ilusão ... a minha ilusão neste fado .
Pequenos segundos, mundos ... profundos
que não deixam respirar, ou voar , nem lutar !
São palavras. São gestos.
Lábios descontentes por outros ausentes
ou o corpo faminto que eu hà muito não sinto.
É selvagem esta solidão, inumana a condição ...
Dor suja e cruel. Paixão que rasga o areal ...
Lágrimas que destroem torres de castelos malditos !
(...) Guarda o sorriso.
Sê ... em cada gesto que trocas
o desejo que me faz sofrer ;
Quero o teu corpo.
Quero a tua alma.
Quero-te !
E o silêncio não vai impedir
de sussurrar no teu ouvido as palavras que vivi
naquele primeiro ; segundo em que te senti.
ETA-MO !
[amo-te]