Bombardeiros  estratégico  de   longo  alcance  é   um   segmento  do   que  se  chama  Poderio  Nuclear Norte-Americano,  durante  muito  tempo  o  único  a  cumprir  essa tarefa era o B-52, com desempenho melhor do que seus concorrentes B-45 - B-57 - B-50 - B-66 - B-36 - B-47 e B-58.

Havia a necessidade de um sucessores adaptado a nova estratégia de penetração em território inimigo, deveria efetuar  incursões a baixa altitude e não  mais  em  grande  altitude,  como  era  feito,  isto  tudo devido ao surgimento do míssil terra-ar SA-2 soviético, que era  justamente  um  inibidor  deste  tipo  de ataque.

Atendendo a essa nova política, a North American  Aviation  Inc.  desenvolveu  o  XB-70  Valkyrie  em meados de 1960, mas contudo seu protótipo foi rejeitado por não  cumprir  as  devidas  exigências. Com esse  fato  a  USAF  financiou  um  estudo  para  levar  a  seu  objetivo,  concorreram a North American (Rockwell), Boeing e a General Dynamics, tal disputa foi vencida pela North American, nascia o B-1A.

Nixon,  então  presidente  norte americano,  via  o  avião  como  um  grande  trunfo na Guerra-Fria, mas muitos   políticos  não  viam  assim,  alegavam  contra  o  B-1  constantes  vazamentos  de  combustível,  alto orçamento e levantaram dúvidas sobre seu sistema de penetração em espaço aéreo inimigo.

A  USAF  e  Nixon  reconheciam  alguns  problemas,  mas  alegavam  que  tais seriam solucionados com o tempo e  o uso, iguais  aos  problemas  do  B-52,  além  do  mais  alegavam  que com a sua construção criariam   milhares  de   empregos   e  assinariam   vários  contratos  com   muitas  outras  empresas  do ramo.

Outra colocação de seus defensores era a de que o custo para atualização do B-52 seria  enorme  e  que os resultados pediram não serem tão animados como o esperado. O projeto  foi  tocado  em  frente,  até que  Jimmy Carter  assumiu  o  governo e  mandou  parar. Ronald Reagen quando assumiu tomou como prioritário o desenvolvimento do B-1A para transformá-lo em B-1B.

O novo bombardeiro apresentava características: penetração nuclear em baixíssimas altitudes  em  vôo quase supersônico, e desempenhar múltiplas funções para dar-lhe mais tempo  de  serviço,  esta  última característica levou o avião a sofrer alterações: reforço na célula e  do trem de pouso,  modificações  no compartimento de bombas para levar mísseis de  cruzeiro,  aumento  da  carga  de  bombas  (56700 Kg), acréscimo de 11340Kg de combustível, colocação de beliches e toalete  para  a  tripulação,  substituição de assentos ejetáveis por uma cápsula ejetável englobando toda a cabine, redução na seção transversal do  radar - proporcionada  pela  substituição  de  entradas  de  ar  variáveis  pelas  fixas -  reduzindo sua velocidade  ( mach 1,25 ).  Outra   modificação  foi  no  sistema  de  ECM  ( contramedidas  eletrônicas ) - aumento de 88 caixas pretas para 188.

Possui   como  defesa  sistemas  de   contramedidas  eletrônicas / vigilância  de  frequências  de   rádios ( ECMS / RFS ),  avisados  de  radar  ( TWF ),  administração  de  defesas  ( DMS )   e   contramedidas descartáveis   ( EXCM )   -   que  compreende  lançadores   de   partículas   metalizadas   ou   labaredas incandescentes, e ainda uma pequena capacidade Stealth.

Mas apesar disso tudo, seu sistema de aviônicos é muito discutível, discute-se  que  ele  não  consegue ludibriar todos as defesas eletrônicas, e algumas que conseguem podem  resultar  em  interferência  no sistema de acompanhamento do terreno.

O  governo  norte-americano  tem  intensificado  os  testes  nos  aparelhos  para  sanar   os   problemas, tem encontrado dificuldades, mas mesmo assim o projeto do B-1 juntamente com o B-2  está  bem  mais avançado do que o Blackjack, que é um B-1 soviético.

Diante  dessas  dúvidas  sobre  o  seu  real  desempenho  em  combate,  uma  coisa ninguém pode negar nenhum outro bombardeiro gerou tantas controvérsias durante décadas de programa,levando o governo a gastar U$$ 20,5 bilhões ao preço de U$$ 200 milhões por aparelho.