O Consolidated  B-24 Liberator foi um dos aviões mais numerosos da história, durante a guerra construiram-se nada menos que 18.188 delas.  Tornou-se notavél não apenas na quantidade, mas  também por seus feitos. 

Dotado de largo raio de ação, em parte devido a uma asa de eficiência incomum, o modelo proporcionou aos Aliados uma capacidade de ataque lhes permitiu atingir importantes alvos inimigos, antes inacessíveis.

No   início   da   guerra,   com   as   cores   da   RAF,   os primeiros Liberator  tornaram  rotineiras  as   travessias transatlânticas. Em 1942, uma versão mais desenvolvida do aparelho possibilitou patrulhar a  região  ocidental  do Atlântico   Norte,   até  então   inatingivel   pelos   aviões ingleses,  e  onde  submarinos  alemães  operavam   com desenvoltura.

Em inúmeras ocasiões, antes do advento do B-29, esquadrilhas de Liberator atacavam objetivos que nenhum outro bombardeiro aliado era capaz de atingir. Embora seu papel central fosse de bombardeiro pesado, o B-24 obtinha excelentes desempenhos no combate aéreo, tendo derrubado cerca de 2.600 aviões inimigos. Foi também o principal aparelho de patrulha oceânica e de guerra anti-submarina, bem como o mais eficiente avião de carga de longo alcance disponível às Forças Aliadas.

Ao mesmo tempo, tratava-se de um avião muito avançado e complicado, que exigia de seus pilotos um longo periodo de treinamento. Voar com ele era difícil mesmo para pilotos experientes, e seu peso   operacional quando carregado era tâo elevado que a decolagem só se fazia com todos os quatro motores em aceleração maxíma, quando em vôo, a estabilidade era précaria. Se atingido por fogo    inimigo, a tripulação tinha extrema dificuldade para escapar do aparelho, caso os pilotos não estivessem  no comando do manche.  Por isso, embora mais moderno e eficiente do que o B-17 da geração anterior, muitos aviadores preferiam a Fortaleza Voadora.

Ao longo do tempo, o peso bruto do B-24 aumentou para 32.296 Kg, muito além do imaginado de início. Isso agravou seus problemas de maneabilidade, mesmo curvas suaves eram preferivelmente feitas com o piloto automático. Seus controles eram pesados e lentos, e com peso muito acima de 27.000 Kg tornava-se impossivel realizar manobrar rápidas.

Outro problema grave que o B-24 enfrentava em combate era a sua vulnerabilidade ao ser atacado de frente. Na melhor das  hipóteses havia apenas três metralhadoras manuais no nariz. Apesar da introdução da blindadgem, a proteção interna era bastante deficiente. A tal ponto que o artilheiro situados na traseira da fuselagem muitas vezes eram mortos por projeteis que entravam pelo nariz, atingindo os pilotos e atravessavam o aparelho, alguns pilotos chegaram até mesmo a carregar largas chapas de aço, que colocavam sobre o peito nas horas mais perigosas do combate.

Mas mesmo assim, com todos os seus defeitos, ainda era uma maquina soberba, que depois de dominada poderia nas mãos de pilotos experientes efetuar missões surpeendentes, como o bombardeio rasante as refinarias de Ploesti... assunto sera abordado no topico relatos e artigos históricos.

• 11 MG´s Bronwing 12,7mm
• 3.629 kg em bombas ( no final da guerra era o dobro)