Embora bem menos conhecido que os famosos
aviões americanos e ingleses, o Sturmovik foi um dos aviões
que mais contribuíram para a causa aliada. Fabricado em enorme quantidade,
na verdade muito mais que os tipos ocidentais aliados, foi sem dúvida
o melhor avião de assalto e anti-tanque da segunda guerra, e responsável
por boa parcela das perdas que o exército nazista sofreu no
fronte oriental.
Especialmente concebido como arma de
apoio tático cerrado, o Sturmovik trazia armamento poderoso, para
destruir alvos blindados, concentrações de tropas ou instalações
de terra, e foi o mais bem blindado avião de seu porte na segunda
guerra, garantindo boa proteção para a tripulação,
tanques de combustível e motor. Tal proteção significava
uma boa taxa de sobrevivência contra fogo de terra, permitindo atravessar
barragens antiaéreas suportando grande castigo e ainda voltar à
base, bem como o tornavam um alvo difícil para os caças alemães,
especialmente para os levemente armados Bf-109F, cujos pilotos precisavam
de uma boa pontaria a fim de concentrar fogo suficiente para causar danos
fatais num destes tanques aéreos. O Sturmovik tinha um ponto fraco
seu calcanhar de Aquiles, que era o refrigerador de óleo do motor
em linha, mas este era um alvo pequeno e difícil de atingir.
Com tanta blindagem e armamento, era
um avião lento, que dificilmente ultrapassava 400 KPH, mas isso
não tinha muita importância nos combates a baixíssima
altitude do fronte oriental, onde os artilheiros de terra tinham poucos
segundos para mirar nos aviões atacantes. Também não
era muito manobrável, mas isso também não era
crucial para um avião de assalto.
Versões mais potentes foram criadas
no pós-guerra e usadas até meados dos anos
50. Pode-se dizer que o Sturmovik foi o avião certo na hora
certa, e sem exagero um dos mais importantes aviões de combate da
história. |