Num dos seus primeiros livros, Monológico, em que apresenta sua visão de Deus, Anselmo fala que a essência suprema existe em todas as coisas e tudo depende dela. Reconhece nela onipotência, onipresença, máxima sabedoria e bondade suprema. Ela criou tudo a partir do nada. Anselmo procurava desenvolver um raciocínio evolutivo sobre o que considerava ser a verdade, que estava contida na Bíblia. Para Anselmo, o pensamento tem algo de divino, e Deus tem uma razão. Sua palavra é sua essência, e Ele é pura essência (essa noção não é nova) infinito, sem começo nem fim, pois nada existiu antes da essência divina e nada existirá depois. Para ela o presente, o passado e o futuro são juntos ao tempo, são uma coisa só. E Ela é imutável, uma substância, embora seja diferente da substância das outras criaturas. Existe de uma maneira simples e não pode ser comparado com a consciência das criaturas, pois é perfeito e maravilhoso e tem todas as qualidades já citadas. O verbo e o espírito supremo são uma coisa só, pois este usa o verbo consubstancial para expressar-se. Mas a maneira intrínseca que o espiríto supremo se expressa e conhece as coisas é incogniscível para nós. O verbo procede de Deus por nascimento, e o pai passa a sua essência para o filho. O espírito ama a si mesmo, e transmite esse amor.
Para Anselmo, a alma humana é imortal,
e as criaturas seriam felizes e infelizes eternamente. Mas nenhuma alma
é privada do bem do Ser supremo, e deve buscá-lo, através
da fé. E Deus é uno. Para se contemplá-lo devemos
nos afstar dos problemas e preocupações cotidianos e buscá-lo.
Ele é onipotente embora não possa coisas como morrer ou mentir.
É pideoso, em parte por ser impassível, o que não
o impede de exercer sua justiça, pois ele pensa e é vivo.
Anselmo fala muito da crença divina do Pai, do filho e do espírito
humano. Grandes coisas esperam por aquele que aceitar Deus e buscá-lo.
Santo Anselmo influenciou muito o pensamento teológico posterior.