Karl Heinrich Marx - Biografia

   Uma carta de 29 de novembro de 1835, quando Marx já se encontrava em Bonn para iniciar seus estudos de Direito, pois este era o desejo de seu pai, sua mãe lhe escreveu com uma certa preocupação: “Não considere uma fraqueza de nosso sexo se estou curiosa em saber coito você arranjou o seu quarto e se o senso de economia, que é uma necessidade fundamental, tanto para os adultos quanto para as crianças, e o que aí impera.  Permito-me ainda fazer-lhe a observação de que você não deve considerar como coisas secundárias a limpeza e a ordem, pois a saúde e a boa disposição dependem delas.  Cuide bem para que o seu quarto esteja sempre limpo.”

    Tudo sairia exatamente ao contrário do que sua mãe poderia esperar.  E ela jamais perdoaria o seu filho, que tinha tudo para fazer uma carreira brilhante como advogado e levar uma vida tranqüila casado com a mulher mais linda da cidade, uma jovem da aristocracia de Trier, Jenny von Westphalen.  Até o fim de sua vida, a mãe de Marx não deixaria de repetir a frase que soava ao mesmo tempo como uma forte censura: “Em vez de ficar escrevendo sobre o capital, seria melhor se meu filho conseguisse algum para si próprio.” Por isso mesmo, mãe e filho jamais se reconciliariam.

    Seu pai, homem culto, “um perfeito francês do século XVIII” e que sabia de cor Voltaire e Rousseau, segundo Eleanora Marx, já era bem mais compreensivo.  Acompanhou de perto os estudos do filho, mas não escondeu o seu desapontamento quando soube que, ao invés de prosseguir nos estudos de Direito, Karl queria ser poeta bem ao estilo romântico, que era a grande moda nas universidades.  E o velho Marx então lhe escreve: “Não gostaria de vê-lo transformar-se num poetinha qualquer.” Outra preocupação dos pais era quanto à vida boêmia que Marx levava em Bonn, gastando dinheiro à vontade.  Numa dessas noitadas, foi preso por vadiagem e bebedeira.  E quando Heinrich Marx lhe escreve pedindo para tomar cuidado para não cair na idiotice de se bater em duelo, outra moda que já havia feito várias vítimas fatais, Marx já havia escapado por pouco, tendo sido ferido um pouco acima do olho esquerdo.

    De certa maneira, pertencer ao “Clube dos Poetas” já era melhor do que fazer parte do “Clube da Taverna”, pois, segundo Heinrich, entre os poetas seu filho poderia conhecer gente importante.  Todos esses clubes se caracterizavam por um espírito fortemente liberal, e a todo instante a polícia prendia alguns de seus membros, que se exaltavam em discursos contra o governo.

    Ainda nessa fase romântica, Marx dedica vários poemas a Jenny von Westphalen, filha de Ludwig von Westphalen, funcionário do governo da Prússia e amigo da família Marx.  Com ele o jovem Karl adquire o gosto pela literatura.  No Natal de 1836, Marx oferece um caderno de poemas para Jenny sob o título Livro do Amor e em 37 ficam oficialmente noivos, mas com a família da noiva não muito satisfeita com o noivado, pois as perspectivas do jovem romântico não eram muito animadoras.

    No final de 37 seu pai decide enviá-lo para Berlim, já que o tempo passado em Bonn parecia totalmente perdido.  Da vida pacata e provinciana de Trier e Bonn, Marx passaria a viver em meio a uma grande efervescência cultural em Berlim, onde a grande sensação era o hegelianismo.
No início de sua chegada ainda continua a escrever alguns poemas a Jenny, mas logo mergulha profundamente nos estudos de Direito e Filosofia, que acabará ocupando o primeiro plano em seus estudos daqui para a frente.  Após queimar boa parte de seus poemas, inicia uma fase de estudos e discussões sobre a filosofia de Hegel.

    Esta será a etapa decisivo e sua formação intelectual.  Troca o Direito pela Filosofia, e logo estará fazendo parte do grupo dos jovens hegeliano, entre os quais se encontravam os irmãos Bauer, Rutemberg, Koppen, Stirner e outros. Em março de 41, com o certificado de conclusão do curso de Filosofia, envia para a Universidade de Iena sua tese intitulada Diferença entre a Filosofia da natureza de Demócrito e a de Epicuro e uma semana depois obtém o título doutor.  Em Berlim teria sido mais difícil a obtenção desse título, porque algumas teses que manifestavam uma certa simpatia pelo ateísmo e pelo materialismo já haviam sido recusadas.

    Com o diploma na mão, Marx pensava poder conseguir uma vaga para poder lecionar em alguma universidade.  Nessa ocasião, seu amigo Bruno Bauer dava aula na Universidade de Bonn e pensava em levá-lo também para lá. Mas, entre católicos e protestantes, Bauer, hegeliano e ateu, não demorou muito a perder a vaga, e com isso Marx perderia também as esperanças de vir a se tornar professor.

    Na verdade, o que precipitou a saída de Bauer foi uma trama dos dois que não deu certo.

    Eles haviam preparado juntos a publicação de um texto, onde um suposto autor protestante faria a crítica do sistema hegeliano.  O texto anônimo intitulava-se A Trombeta do Juízo Final Contra Hegel, o Ateu e o Anticristo, no qual o filósofo era apresentado como o inimigo número um do Estado cristão. Até mesmo alguns amigos caíram na armadilha e responderam ao suposto autor protestante.  Marx já havia preparado uma série de artigos para a defesa de Hegel e a difusão do ateísmo.

    Quando se descobriu a trama, não havia mais ambiente para Bauer na universidade.  E, doravante, Marx passaria a se dedicar ao jornalismo.

     Em janeiro de 42 convidado a colaborar para Gazeta Renana, jornal da burguesia liberal de Colônia, logo passa a redator-chefe, dando um tom mais radical ao jornal. É nessa época que começa o seu interesse pela economia, pois era obrigado a tratar de questões referentes ao livre-câmbio, ao parcelamento da propriedade agrícola e ao protecionismo.  Aos poucos, toma conta do jornal, selecionando os artigos e ditando a sua linha.  De mil assinaturas, a Gazeta passa para três mil, Era o jornal mais importante da região.  Por seu lado, Marx acentua os ataques contra a estrutura mesmo do velho Estado prussiano.  Submetida rigorosamente à censura, a Gazeta acabou sendo interditada, após um artigo de Marx contra a política de dependência em relação à Rússia.

     O casamento com Jenny finalmente se realiza em junho de 43, após um noivado de sete anos.  Como o irmão de Jenny ocupava um cargo importante no governo, chegaram a oferecer um cargo também para Marx.  Suas relações com a família Von Westphalen, já não andavam boas desde 1838. Com a morte de seu pai em 1838.

     Com mais essa agora e com interdição da Gazeta, o ar torna-se “irrespirável” e o casal então decide-se mudar para Paris, onde Marx entraria e contato com os socialistas franceses, que eram a grande sensação da Europa.  Proudhon estava, no auge da fama.

     Na capital francesa encontravam-se poetas, músicos, pintores, escritores, filósofos, de todos os países europeus.  Era um momento de grande efervescência intelectual, talvez um dos momento mais importantes do século XIX, sob a monarquia de Luiz Filipe.  Paris acolhia os exilados de todas as partes do mundo. Nesse mesmo ano de 43 Marx publica juntamente com Ruge, os Anais Franco-Alemães, revista radical que deveria circular na Alemanha.  Mas diante da dificuldade da sua difusão clandestina e pelo desentendimentos com Ruge só saiu um número da revista.

    Em 1844, Marx já havia estudado as principal doutrinas econômicas e política dos autores ingleses e franceses. E, embora achasse a França bem mais adiantada que a Alemanha em termos políticos, considerava os escritores franceses destituídos de qualquer senso histórico.  Ao lado da reflexão sólida e bem estruturada de Marx, o pensamento francês parecia bastante superficial e pouco sério, embora voltado imediatamente para a prática.

    De passagem por Paris, Engels encontra-se pela segunda vez com Marx.  Antes ele já havia colaborado com alguns artigos para a Gazeta Renana.  Desta vez o encontro é mais demorado, e ambos se dão conta de que suas idéias são bastante semelhantes, não só em relação à filosofia hegeliana, mas também em relação ao processo revolucionário.  Ambos haviam chegado a certas conclusões semelhantes a respeito do comunismo e haviam reconhecido que o proletariado seria a classe capaz de realizar a negação da propriedade privada e aboli-la por completo.  A partir desse encontro estaria selada para sempre a amizade dos dois, amizade que só teve um momento de quase ruptura, e não por questões de princípio.  Em janeiro de 1863, morre a companheira de Engels, e este escreve a Marx demonstrando todo o seu sofrimento diante da morte da mulher amada.  Marx, em vez de escrever alguma coisa de reconfortante, que era o que Engels esperava de seu melhor amigo, escreve apenas uma linha dizendo que lamentava a morte de Mary e logo em seguida começa a falar de sua própria situação, da falta de dinheiro.  “É terrivelmente egoísta de minha parte contar a você todos esses horrores nesse momento.  Mas é um tratamento homeopático.  Um mal afasta o outro.  E, afinal de contas, o que é que eu posso fazer?  Em toda a Londres não há ninguém a quem eu possa falar livremente e em minha casa faço como os estóicos silenciosos para contrabalançar os suspiros que vêm do outro lado. É totalmente impossível trabalhar em tais condições.  Se, ao invés de Mary, fosse a minha mãe, que tem tantas doenças. (após a morte de sua mãe, Marx teria direito a uma parte da herança).  Para você ver quantas idéias estranhas vêm à cabeça do “civilizado”, quando premido por certas circunstâncias.”

    Engels fica muito aborrecia Marx acaba pedido desculpa e tudo volta ao normal.

     Após o fracasso do Anais, Marx passa a colabora com o Vorwarts, jornal dos revolucionários alemães, mas que era redigido em Paris. A pedido do governo da Prússia que havia solicitado a supressão do jornal, Marx é expulso de Paris em 1844.  Parte então para Bruxelas com a mulher Jenny, sua primeira filha, agora com um ano de idade.
Imediatamente entra em contato com várias organizações de operários comunistas alemães. Faz também contato com o socialistas e radicais belgas estabelece uma verdadeira rede de comunicações com organizações de outros países.  Engels o reencontra em Bruxelas e realizam vários trabalhos e conjunto.  Em 1847, aderem Liga dos Comunistas, com sede em Londres, e são encarregados de redigir um documento contendo todos os princípios da organização.  Surge então o Manifesto do Partido Comunista, que, traduzido em várias línguas, se transforma no grande acontecimento do ano, juntamente com o movimento revolucionário que se desenvolve na França.  Quando explode a revolução, Flocon, membro do governo revolucionário, convida para voltar a Paris. Como Marx estava sendo expulso da Bélgica a pedido do governo da Prússia, o convite de Flocon não poderia ter vindo em melhor hora. Mesmo após ter recebido ordem de abandonar o país, Marx, teve a sua casa invadida, foi detido e espancado pela polícia sob suspeita de haver vendido, numa liquidação, prataria com as armas dos Westphalen.  Em Paris é o delírio total.

    No mesmo ano de 48 parte para Colônia, onde funda a Nova Gazeta Renana e tenta desenvolver um trabalho de propaganda revolucionária, na sua região natal.  Na Nova- Gazeta, Marx escreve um artigo dando todo o seu apoio a insurreição de junho, quando os partidários, de Blanqui exortam o povo a tomar o poder pelas armas e a estabelecer uma ditadura.  Os assinantes do jornal começam a ficar meio desconfiados com o radicalismo de Marx.

     De fato, o espectro do comunismo estava rondando a Europa e seus inimigos, cada vez mais atentos.  Não demoro muito para a Nova Gazeta Renana ser interditada pelo governo.  Desta vez Marx é expulso da Renânia e volta par Paris onde a situação já havia mudado bastante em favor da contra-revolução.  Sua chegada não fora bem vista pelo novo governo.  Assim, um mês depois, seus amigos fazem uma “vaquinha” para comprar sua passagem para Londres, onde chega a 24 de agosto de 1849.  Em setembro chega a família, e em novembro, Engels.

    Inicia-se aqui a pior fase de sua vida e também a mais fecunda em termos de produção literária.  Nessa fase amadurecem seus estudos sobre economia até a elaboração de O Capital, cujo primeiro volume apareceria em 1867.  Além da atividade política contra os exilados, Marx passa horas a fio na biblioteca do Museu Britânico.  A 28 de setembro de 1864 estará fundada também a Associação Internacional dos Trabalhadores, a primeira internacional.  Marx então escreve o manifesto inaugural e os estatutos provisórios da associação.

    Logo que chegou Londres, pensava que não teria grandes problemas financeiros, pois a Nova Gazeta Renana, agora em forma de revista, poderia mantê-lo por um bom tempo.  As coisas se tornaram difíceis, e as divergências entre os revolucionários no exílio acabaram com as suas esperanças.  Sua mulher havia penhorado toda a prataria em Frankfurt, mas o dinheiro logo acabou.  Surge então o convite para escrever regularmente para. o New York Daily Tribune sobre a situação da Europa.  Durante dez anos Marx forneceu artigos para esse jornal.  Isto é às vezes Engels escreveria e Marx só assinava.  Isso aconteceu principalmente no início quando Marx ainda não sabia muito bem o inglês.  Depois todas as vezes que tinha de escrever sobre um assunto que não conhecia muito bem, pedia para Engels escreve-lo e era sempre ele que assinava pois não podia perder essa preciosa fonte de renda.

   Alguns detalhes da sua vida nos primeiros anos de exílio em Londres são descritos por um espião do governo da Prússia, que havia sido encarregado de investigar a vida do chefe comunista.  “Ele vive piores bairros de Londres, num apartamento de duas peças...  Tudo está quebrado, sujo, e há poeira por todos os lados...  Podemos ver xícaras quebradas, colheres, manuscritos, livros e jornais ao lado de brinquedos e da caixa de costura de sua mulher, garfos e facas sujos, um cachimbos, cinzas, tudo isso em cima da mesa. Logo que a gente entra, a fumaça faz arder os olhos.  A gente procura o caminho na escuridão e logo depois se habitua.  Em seguida começamos a distinguir certos objetos no meio da fumaça.  Mas é perigo sentar-se em algum lugar, pois há uma cadeira só com três pernas e outra onde as crianças brincam, de fazer comida.  E é esta que é oferecida ao visitante, apesar de as crianças continuarem a cozinhar e a gente correr o risco de sujar a roupa.  Nada disso, porém, parece preocupar a Marx e sua mulher.  Somos recebidos muito amavelmente ... e em seguida inicia-se uma conversa inteligente e interessante que compensa todas as deficiências da casa e torna suportável o desconforto.” (citado por Nicolaieski e Maenchen-Helfen, Karl Marx, homme et combattant).

    A descrição do espião prussiano não estava assim tão longe da realidade, pois o próprio Lafargue, genro de Marx, também fala das condições precárias em que vivia a família Marx e da desordem que reinava em sua mesa de trabalho.  Segundo Lafargue, Marx não admitia que a sua mesa fosse arrumada.  Não havia nenhuma preocupação estética na organização da biblioteca.  Marx dobrava as folhas dos livros em ângulo, borrava-as e sublinhava as partes que considerava mais importantes.  “Os livros”, dizia, “são meus escravos e hão de servirem de acordo com os meus desejos e com toda a pontualidade.” Marx chegou mesmo a viver em situação de extrema miséria; às vezes não tinha o que comer.  Outras vezes ficava em casa sem poder sair, porque seus credores tinham exigido alguma coisa como penhora e, como não tinha mais nada, dava as suas roupas.  Escondia-se temente dos credores que estivesse em casa mandava uma das filhas dizer  o “Sr.  Marx não está”. março de 1850 foi despejo por falta de pagamento do aluguel.  O relato desse episódio feito por Jenny von Westphalen, numa carta a Weydemeyer: “No dia seguinte, víamos deixar a casa.  O tempo estava frio, chuvoso e escuro, meu marido tinha saído para procurar um lugar para moramos, mas ninguém queria aceitar-nos quando dizíamos tínhamos quatro crianças. Finalmente, um dos nossos amigos nos alugou uma casa então fui depressa vende nossos móveis, nossas cama, para pagar o farmacêutico, o padeiro, o leiteiro, aos quais o escândalo do despejo havia alvoroçado, correram para recebe dinheiro... Quando estávamos tirando as camas que havíamos vendido, o proprietário apareceu dizendo que e estávamos vendendo os seus moveis... Em cinco minutos havia duzentas ou trezentas pessoas na frente de nossa casa. marginália de Chelsea.” Finalmente conseguem vender o móveis, pagar as dívidas e ir morar no apartamento de duas peças.

    Entre 1851 e 1856 dois filhos e uma filha morreram por falta de recursos.  Nessa época, Engels fazia o possível para enviar sempre algum dinheiro para a família Marx e era ele quem praticamente os mantinha.  Mas a tecelagem do pai de Engels não lhe dava tanto dinheiro assim e, às vezes, ele não podia enviar o que o seu amigo estava precisando.  Marx não tinha dinheiro para comprar remédios e certa vez teve de fugir para Manchester para escapar de seu médico por causa de uma dívida de vinte e seis libras.  Quando sua filha morreu em 1851, teve de pedir dinheiro emprestado para comprar o caixão.
Como se não bastasse tudo isso, começa a ficar doente e furúnculos começam a lhe brotar por toda a parte, a tal ponto de não poder sentar-se para trabalhar.  Engels então recomenda que faça um tratamento à base de arsênico.  Durante vários anos, Marx irá reclamar de seus furúnculos na correspondência com Engels.  Em 1858 ele escreve: “Estou tão atormentado quanto Jó, embora não seja  tão temente a Deus.” Nesses tempos difíceis, a única diversão da família era fazer piqueniques aos domingos Hampstead Heath e, segundo Lafargue, era uma festa.  Sentavam-se sob as árvores, recitava poemas, carregava a crianças nos ombros a cavalo e à noitinha voltavam para casa cantando hinos patrióticos.

    Desde 1845, acompanhando a família, esteve sempre a empregada fiel, Helena Demuth, que, após a mor te dos Marx, foi morar na casa de Engels.  Com ela Marx tem um filho, mas a tradição do  Movimento Operário procurou esconder o fato para não provocar escândalo.

   Mas o braço direito de Marx foi sem dúvida Jenny von Westphalen, de cuja beleza ele tanto se orgulhava des de os tempos dos bailes en Trier.  Desde o instante em que decidiu casar-se com Marx suportou sem reclamar todo os momentos difíceis de extrema miséria.  Passava horas e horas passando a limpo os manuscritos do marido, em geralmente eram ilegíveis.  A situação financeira só começou a melhorar 64, quando a mãe de Marx e ele recebe a herança.  Além amigo Wilhelm , ao morrer, lhe deixaria oitocentas libras. E quando Engels vendeu sua parte na tecelagem, pode dar  a Marx uma a em dinheiro, anualmente.

    Após a morte de sua mulher em 1881 e de sua filha mais velha um ano depois, o “mouro” (como o chamavam, não teve mais forças para muita coisa e morreu a de 1883, sem que o grande publico tomasse conhecimento. No cemitério de Highgate, com apenas alguns amigos íntimos, alguns membros da família e alguns representantes dos operários de vários países, Engels pronunciou a oração fúnebre: “ ... ele foi o e mais caluniado... Morreu amado e venerado por milhões de operários revolucionários, das minas da Sibéria, das costas da Califórnia e de todos os Pontos da Europa e da América... Seu nome e sua obra Passarão à posteridade.” Ainda quem for ao cemitério de Highgate, Poderá ler, na lápide, logo abaixo do busto de Marx e quem sabe até ouvir a palavra de ordem do Manifesto: “Operários de todos os países, uni-vos!”

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