Fenomenologia

         Movimento filosófico, inaugurado pelo alemão Edmund Husserl (1859-1938), que pretende devolver à Filosofia o caráter de ciência rigorosa, que seja capaz de fundamentar a própria ciência.
Segundo a fenomenologia, isso só é possível com a correção de um erro histórico. A Filosofia não pode assumir a mesma atitude do leigo que acredita que as coisas existem por si só, independentemente da consciência humana. Ela deve estudar a realidade como um conjunto de fenômenos, isto é, das coisas como são percebidas pela consciência. Os fenômenos não podem ser confundidos com as coisas em si mesmas, porque a consciência não percebe os objetos do mundo natural sem projetar sobre eles um significado.
         Para chegar às essências inteligíveis – e, com isso, atingir o rigor científico –, a fenomenologia afirma que é necessário suspender todo e qualquer juízo. Isso porque considera que a abstração, o juízo e a memória, por exemplo, são atos subjetivos, que devem ser examinados por uma faculdade superior da própria consciência, que a fenomenologia chama de “eu transcendental”. O filósofo alemão Martin Heidegger   (1889-1976) usa a fenomenologia como método para estudar a essência do ser e a explica como uma ida “às próprias coisas”.