Os Neoplatônicos
                 
         O movimento neoplatônico foi uma corrente filosófica do final da antiguidade, sendo a mais
      importante desse período, é considerada um poucoobscura, em parte por envolver aspectos
      e experiências que não podem ser descrevidos com simples palavras.O Império Romano
      estava começando a entrar em decadência quando floresceu, no século III d.C, fundada por
      Amônio Sacas e divulgada por Plotino e seus discípulos Porfírio, Iâmblico e Proclo. Eles
      procuraram renovar o platonismo da Academia fundada por Platão, e davam ênfase na parte
      mística, em especial da teoria das Idéias. Forma influenciados pelo estoicismo e pelo
      pitagorismo. Platão falava que o homem é um ser dual, composto de um corpo feito de pó
      e terra, que pertence a realidade sensível, e uma alma imortal, que habita o mundo das Idéias.
      Segundo o Neoplatonismo, que aperfeiçoou o pensamento grego, o real é constituído de três
      partes: Deus,que é o Uno e dele vem a luz divina, forma o mundo e se opõe às trevas. Essa
      é a primeira parte. A segunda é a Inteligência (nous), a terceira é a alma. As duas últimas
      parte procederam da primeira por emanação. Deus. o ser criador, gera continuadamente os
      seres que constituem o universo. Há uma sucessão de seres no tempo que leva ao devir, o
      fluxo do universo. O bramanisno fala de uma emanação contínua dos seres finitos a partir do
      infinito. Plotino e Amônio Sacas conheciam as religiões orientais, além das doutrinas gregas.

             Amônio Sacas nasceu em Alexandria e abandonou o cristianismo, o qual o
      neoplatonismo influenciou mais tarde. Conciliou, uniu o pensamento de Platão e Aristóteles,
      e distribuiu ao seu discípulo uma filosofia sem polêmica, pois ele dizia ser a polêmica própria
      dos vaidosos.

             Plotino (205- 270 d . C), discípulo de Amônio era de uma família romana, mas nasceu
      no Egito. Em Alexandria conheceu o pensamento de filósofos famosos, mas não se
      entusiasmou por nenhum deles, mas ao ouvir Amônio se identifica. Fica em Alexandria por
      onze anos, depois se muda para Roma, onde abriu sua escola. Essa escola fez muito sucesso,
      atraindo uma legião de fervorosos discípulos. O objetivo dessa escola é a renovação de
      Neoplatonismo. Desenvolve a teoria do Uno, que foi baseada na teoria do Mundo das Idéias.
      O caminho para se atingir o Uno é a dialética e o êxtase místico. Seus escritos só foram
      organizados pelo fiel discípulo Porfírio, pois antes era proibido entre os discípulos escrever
      sobre a filosofia de Amos. Seus escritos compreendem cinquenta e quatro tratados
      reagrupados em seis Eneadas , ou grupos de nove. Ele luta contra os cristãos e os gnósticos
      . Em sua visão espiritualista declara que o homem não deveria se limitar a ser  culpado
      (do pecado) mas ser Deus. Com o êxtase místico, deve-se entrar em contato com Deus,
      fundir sua alma, que é luz divina, com Ele. A única coisa que existe é Deus, as trevas não
      tem existência concreta. Nessa visão, o Eu não é o verdadeiro, pois a parte não abrange o
      todo. Deve-se identifucar com o Eu maior , que é Deus. O homem é mais que um amontoado
      de partículas, pois tem uma centelha da luz e do mistério divino. Assim devemos tentar
      conhecer a realidade.

          Porfírio (325- 305) nasceu em Tiro, organizou e publicou a obra de Plotino. Sistematizou
      a noção de idéias gerais ( genêro, espécie, diferença, próprio e acidente) Escreveu
      comentários à obra de Platão e Aristóteles,Vida de Pitágoras, Vida de Plotino e Isagõe.
      Defendeu o paganismo e foi  contra os cristões. Na árvore de Porfírio, ele ilustra a
      subordinação dos conceitos, partindo dos mais gerais até chegar ao ao menos extenso.
      É assim esquematizado: 1. substância, pode ser corporal ou incorporal, 2. corpo,
      pode ser animado ou inanimado, 3.vivente, pode ser sensível ou insensível,
      4. animal pode ser racional ou irracional, 4.racional, o homem.