Karl Heinrich Marx - Obras

1
    O reino da liberdade começa somente quando cessa-se de trabalhar pela necessidade imposta pelo exterior; ele situa-se, assim, por natureza, para, além da esfera da produção material propriamente dita, Do mesmo modo que o homem primitivo deve lutar contra a natureza para prover as suas necessidades, manter-se vivo e reproduzir-se, o homem civilizado é forçado, também ele, a faze-lo, quaisquer que sejam a estrutura e o modo de produção.  Com seu desenvolvimento estende-se igualmente o domínio da necessidade natural, porque as necessidades aumentam; mas, ao mesmo tempo, ampliam-se as forças produtivas para satisfaze-las.  Nesse domínio a única liberdade possível é aquela em que o homem social, juntamente com os produtores, regulem racionalmente suas trocas com a natureza, que a controlem juntos ao invés de serem dominados por seu poderio cego, e que realizem tais trocas dispensando o mínimo de forças e nas condições as mais dignas, as mais adequadas à sua natureza humana.  Mas essa atividade constituirá sempre o reino da necessidade. É para além que começa o desenvolvimento das forças humanas como um fim em si - o verdadeiro reino da liberdade - que só pode desabrochar fundando-se sobre o outro reino, sobre a outra base, a da necessidade.

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2
    Li todos os livros de Darwin, sobretudo aqueles relativo à seleção natural.  Apesar de sua monotonia inglesa, é o livro que encerra o fundamento biológico de minha teoria sobre a luta de classes na história.
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3
    Quanto mais o trabalhador se aplica no trabalho, tanto mais o mundo estrangeiro... por ele criado se torna poderoso, tanto mais ele e seu mundo interior se tornam pobres.  Verifica-se o mesmo fenômeno na religião.  Quanto mais o homem se fia em Deus, tanto menos se possui a si mesmo.
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4
    As idéias não podem jamais levar além de uma fase antiga do mundo - podem apenas levar além das idéias de uma fase antiga do mundo.  Além disso, as idéias nada podem realizar.  Para realizar as idéias, são necessários homens que ponham a funcionar uma força prática.
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5
    O dinheiro, pelo fato de possuir a propriedade de tudo comprar, a propriedade de se apropriar de todos os objetos, é portanto o objeto no sentido mais elevado.  A universalidade de sua propriedade é a onipotência de seu ser: é considerado por isso como o ser Todo-Poderoso.
(5)
6
     O valor da força de trabalho é determinado pela quantidade de trabalho necessária à sua manutenção ou reprodução.  Mas a utilização dessa força de trabalho só é limitada pela energia vital e pela força física do trabalhador.  O valor diário ou semanal da força de trabalho é inteiramente diferente do funcionamento cotidiano ou semanal dessa força, do mesmo modo que a alimentação de que necessita um cavalo e o tempo que pode carregar seu cavaleiro são coisas inteiramente distintas. A quantidade de trabalho que limita o valor da força de trabalho do operário não constitui, em caso algum, o limite da quantidade de trabalho que ser executada por sua força trabalho.  Tomemos o exemplo de um operário de fiação... Para renovar quotidianamente  sua força de trabalho, ele tem necessidade de um valor cotidiano de, digamos, três xelins, o que consegue pelo trabalho diário de seis horas.  Mas isso não o incapacita de trabalhar dez ou doze horas por dia, ou ainda mais, pagar o valor cotidiano semanal da força de trabalho ao operário, o capitalista adquire o direito de se servir dela durante todo o dia ou toda a semana.  Fará, portanto, que o operário trabalhe, doze horas por dia. Acima das seis horas que lhe necessárias para produzir o equivalente de seu salário, o operário deverá trabalhar ainda mais horas, que chamarei trabalho excedente. É ele se transforma numa Avalie ... É nessa espécie de troca entre o capital e o trabalho que repousa a produção capitalista ou o sistema de salário, e é essa troca que obriga o operário a se reproduzir como capitalista.
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7
    Assim como a Filosofia encontra no proletariado armas materiais, o proletariado encontra na Filosofia armas espirituais... O cérebro dessa emancipação é a Filosofia, seu coração é o proletariado.  A Filosofia não pode realizar-se sem a supressão do proletariado, e o proletariado não pode ser suprimido sem a realização da Filosofia ...
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8
    A melhor forma de Estado é aquela em que os antagonismos sociais não se encontram esfumados, não são comprimidos pela força, isto é, superficial e artificialmente.  A melhor forma de Estado é aquela em que os antagonismos lutam abertamente e encontrar solução...
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9
    A doutrina materialista, segundo a qual os homens são produtos das circunstâncias da educação, e que, portanto, homens diferentes são produtos de outras circunstâncias e de uma educação diferente, esquece que são precisamente os homens que modificam as circunstâncias e que o educador necessita de ser educado, por isso que ela tende inevitavelmente a dividir a sociedade em duas partes, uma das quais é colocada acima da outra.
(7)
10
       Os princípios sociais do cristianismo justificaram a escravidão antiga, glorificaram a servidão medieval, e sabem da necessidade de aprovar opressão do proletariado, se bem que com um ar um pouco contrito.  Os princípios do cristianismo pregam a necessidade de uma classe dominante e de uma classe dominada... Os princípios sociais do cristianismo transferem para o céu as compensações de todas as infâmias e justificam assim a perpetuação dessas infâmias sobre a terra... como o justo castigo do pecado original... ou como provas impostas pelo Senhor.  Os princípios sociais do cristianismo pregam a covardia, o autodesprezo, o abaixamento, a submissão, a humildade, em poucas palavras, todas as qualidades da canalhice.     O proletariado que recusa deixar-se tratar como canalha tem necessidade muito mais de sua coragem, de auto-respeito, de seu orgulho e de seu gosto pela independência do que de seu pão.  Os princípios sociais do cristianismo são sonsos, o proletariado é revolucionário.
(6)
11
       O escritor precisa ganhar a vida para poder viver e escrever, mas ele não pode viver e escrever com o objetivo de ganhar dinheiro.
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12
      A arma da crítica não pode evidentemente, substituir crítica das armas.  A crítica  não é uma paixão cerebral mas o cérebro da paixão.
(30)
13
        Hegel observa em uma de suas obras que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes.  E esqueceu-se acrescentar: a primeira como tragédia, a Segunda mo farsa.
(30)
14
        Quem, entre os meus numerosos caluniadores; quem, entre os meus inimigos maledicentes, já me acusou vocação para desempenhar o papel de apaixonado num teatro de segunda categoria?  Nenhum.  No entanto essa acusação seria verdadeira.
(30)
15
       Ser radical é agarrar as pela raiz, e a raiz para o homem e o próprio homem.
(30)
16
       A emancipação política é a redução do homem, por um lado, ao membro da sociedade burguesa, ao indivíduo egoísta independente, e, por outro ao cidadão, à pessoa moral.
      A emancipação humana não se realiza senão quando o homem reconhece e organiza suas próprias forças como forças sociais e não mais separa a força social sob a forma de força política.
(2)
17
       A teoria não se realiza jamais em um povo senão na medida em que seja a realização das necessidades desse...  Não basta que o pensamento procure a realização, é preciso ainda que a realidade procure o pensamento.
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18
        É a imprensa censurada que tem um efeito desmoralizador.  O governo somente ouve sua própria voz, e assim mesmo ele se fixa na ilusão de que ouve a voz do povo e pede ao povo que aceite essa ilusão.
(30)
19
       A democracia é o enigma resolvido de todas as constituições.
(30)
20
       O povo que subjuga outro forja suas próprias cadeias.
(30)
21
      A supressão da burocracia só será possível quando o interesse geral se tornar realmente interesse particular, o que só poderá acontecer quando o interesse particular se transformar realmente em interesse geral.
(30)
22
       O que caracteriza a divisão de trabalho no interior da sociedade moderna é que ela engendra especialidades, as espécies, e com elas o idiotismo da especialização.
(30)
23
        No trabalho assalariado, permanece: 1) a alienação e a contingência do trabalho em relação ao sujeito trabalhador; 2) a alienação e a contingência do trabalho em relação a seu próprio objeto; 3) a determinação do trabalhador pelas necessidades sociais, que, no entanto, lhe são estranhas e impostas como obrigação, às quais se submete por necessidade egoísta, por carência.  Para ele, as necessidades sociais somente têm o significado de fonte de saciedade para sua carência; da mesma forma, para elas, ele só existe como escravo; 4) ao trabalhador, a manutenção de sua existência individual aparece como fim de sua atividade, e sua ação real só lhe aparece como meio; ele empresta atividade à sua vida para adquirir meios de subsistência.
(25)
24
      Toda vida social é essencialmente prática.  Todos os mistérios, que induzem às doutrinas do misticismo, encontram sua solução racional na praxis humana e no compreender dessa praxis.
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25
      Os filósofos se limitaram a interpretar o mundo, de diversas maneiras; o que importante é modificá-lo.
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26
      A tarefa mais difícil para Filósofos consiste em descer do mundo dos pensamentos para o mundo real.  A realidade imediata do pensamento a linguagem.  Do mesmo do que fetichizaram o pensamento, os filósofos tiveram de fazer da linguagem um reino soberano.  Aí reside o segredo da linguagem filosófica, em que as idéias tem o conteúdo absoluto, enquanto palavras.  O problema de saber como descer do mundos dos pensamentos para o mundo real transforma-se em problema de saber como descer da linguagem para a vida. Os filósofos apenas teriam de dissolver a sua linguagem na linguagem vulgar de que a abstraíram, para reconhecer que a sua linguagem não passa de deformação da linguagem do mundo real; compreenderiam então que nem o pensamento nem a língua formam uma esfera independente; veriam que língua e o pensamento apenas são, em si próprios, deformações da vida real.
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27
       O caráter misterioso da mercadoria assenta, pura e simplesmente, em que proteja ante os homens o caráter social dos seus trabalhos como se fosse um caráter material dos próprios produtos do trabalho, um dom social natural desses objetos; e como se, portanto, a relação social, que media os produtores e o trabalho coletivo da sociedade, fosse uma relação social estabelecida entre os próprios objetos, à margem dos seus produtores.  Este quid pro quo é que converte os produtos do trabalho em mercadoria, em objetos fisicamente metafísicos ou em objetos sociais (...) Ocorre que a forma mercadoria e a relação de valor dos produtos do trabalho em que essa forma toma corpo, não têm absolutamente nada que ver com seu caráter físico, nem com as relações materiais que derivam desse caráter.  O que aqui toma, ao olhos dos homens, a forma fantasmagórica de uma relação entre objetos materiais não mais do que uma relação social concreta estabelecida entre os próprios homens. Assim se quisermos encontrar analogia com esse fenômeno, precisamos elevar-nos regiões nebulosas do mundo da religião, onde os produtos da mente humana se assemelham a seres dotados de vida própria, de existência independente, mantendo tanto entre si como com os homens. Isto é o que ocorre no mundo das mercadorias, com produtos da mão do homem. É isso é o que eu chamo o fetichismo que adere aos produtos do trabalho, tão logo são criados sob a forma de mercadorias, e que é inseparável, por conseguinte, desse sistema produção.
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28
       ... Em toda parte, os comunistas apoiam todo movimento revolucionário contra a ordem social e política vigente.
Em todos esses movimentos, põem em primeiro como questão fundamental, a questão da propriedade, não obstante o grau de desenvolvimento alcançado na época.
           Finalmente, em toda parte, os comunistas trabalham pela união e entendimento dos partidos democratas de todos os países.
           Os comunistas não se rebaixam em dissimular suas idéias e seus objetivos.  Declaram abertamente que seus fins só poderão ser alcançados pela derrubada violenta das condições sociais existentes.  Que as classes dominantes tremam diante da revolução comunista! Os proletários nada tem a perder senão seus grilhões.  Tem um mundo a ganhar.
           Proletários de todos os países, uni-vos!
(Palavras finais do Manifesto comunista)
29
       As idéias da classe dominante são as idéias dominantes em cada época, isto é, a classe que é o poder material dominante da sociedade, simultaneamente é seu poder espiritual dominante.  A classe que tem à sua disposição os meios para a produção material, dispõe, com isso, ao mesmo tempo, dos meios de produção intelectual; assim, de um modo geral, as idéias daqueles que não dispõem de meios de produção intelectual são subordinadas à classe dominante...  Os indivíduos componentes da classe dominante possuem também consciência, e por, isso pensam; por conseguinte, na medida em que dominar como classe e determinam toda a amplitude de uma época histórica, naturalmente o fazem em toda sua extensão, dominando também, consequentemente, como pensadores, como produtores de idéias, e regulando dessa forma a produção e distribuição das idéias de sua época.  Eis por que suas idéias são as idéias dominantes da época.
(8)
30
       O comunismo consiste numa reunião de homens livres trabalhando com meios de produção comuns, e despendendo, a partir de um plano combinado, suas numerosas forças individuais como uma única e mesma força de trabalho social.
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31
        O fim imediato dos comunistas e o mesmo que o de todo os outros partidos proletários: constituição dos proletários em classe, derrubada da supremacia burguesa, conquista do poder político pelo proletários.
        As conclusões teóricas dos comunistas não se baseiam, de na alguma, em idéias ou princípios inventados ou desertos por este ou aquele tenso reformador do mundo.
        São apenas a expressão geral, das condições reais de luta de classes existente, um movimento histórico se desenvolve diante de nossos olhos.  A abolição das relações de propriedade existentes não constitui uma característica particular do comunismo...
         A característica particular comunismo não é a abolição da propriedade em geral, mas a abolição da propriedade burguesa.  Mas a propriedade privada atual, a propriedade burguesa, é a expressão do sistema de produção  apropriação, que é baseado em antagonismos de classe, na exploração de muitos por poucos.
Nesse sentido, a teoria dos comunistas pode ser resumida nesta frase: abolição da propriedade privada.
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       A maior divisão do trabalho material e intelectual se verifica entre a cidade e o campo. A oposição entre cidade e campo começa com a passagem da barbárie à civilização, da atividade tribal ao Estado, da localidade à nação, e atravessa toda a história da civilização até os dias de hoje... Com a cidade, surgem simultaneamente a necessidade da administração, da política, dos impostos e assim por diante em suma, da organização comunal e, desse modo, da política em geral.  Aqui, apareceu inicialmente a divisão da população em duas grandes classes, com base diretamente na divisão do trabalho e nos instrumentos de produção.  A cidade já é o fato consumado da concentração da população, dos instrumentos de produção, do capital, dos prazeres, das necessidades, enquanto o campo apresenta exatamente o fato contrário, o isolamento e a individualização.  A oposição entre cidade e campo só pode existir dentro da propriedade privada. É a expressão mais flagrante da subordinação do indivíduo à divisão do trabalho, a uma atividade determinada que lhe é imposta, transformando um em animal citadino tolo e o outro em animal campestre tolo, dia a dia gerando novamente a oposição entre os interesses de ambos.
(8)
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       A história de toda a sociedade até hoje tem sido a história das lutas de classe.
       Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, mestre de corporação e companheiro, numa palavra, opressor e oprimido permaneceram em constante oposição um ao outro, levada a efeito numa guerra ininterrupta, ora disfarçada, ora aberta, que terminou, cada vez, ou pela reconstituição revolucionária de toda sociedade ou pela destruição das classes em conflito.
       Desde as épocas mais remotas da história, encontramos, em praticamente toda parte, uma complexa divisão da sociedade em classes diferentes, uma gradação múltipla das condições sociais.  Na Roma antiga, temos os patrícios, os guerreiros, os plebeus, os es. cravos; na Idade Média, os senhores, os vassalos, os mestres, os companheiros, os aprendizes, os servos; e, em quase todas essas classes, outras camadas subordinadas.
       A sociedade moderna burguesa, surgida das ruínas da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classes.  Apenas estabeleceu novas classes, novas condições de opressão, novas formas de luta em lugar das velhas.
      No entanto, a nossa época, a época da burguesia, possui uma característica: simplificou os antagonismos de classes.  A sociedade global dividisse cada vez mais em dois campos hostis, em duas grandes classes que se defrontam – a burguesia e o proletariado.
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        A circulação de mercadoria é o ponto de partida do capital.  A produção de mercadorias e o comércio, forma desenvolvida da circulação de mercadorias, constituem as missas históricas que dão origem ao capital.  O comércio e o mercado mundiais inauguram no século XVI a moderna história do capital.
       (...) A circulação simples Mercadorias - vender para comprar - serve como meio a uma finalidade situada da circulação, a apropriação de valores de uso, a satisfação de necessidades.  A circulação de dinheiro como capital, ao contrário, tem sua, finalidade em si mesma, pois, a realização do valor só existe dentro desse movimento continuamente renovado.  Por o movimento do capital não tem limites.
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        A propriedade privada nos tornou tão ignorantes e especializados que um objeto só é nosso quando o possuímos, ou seja, quando ele existe como capital ou quando é diretamente possuído, comido, vestido, habitado, etc.; em suma, quando é utilizado ...
         Por isso, todos os sentidos físicos e espirituais foram substituídos pelo sentido do ter, pura alienação de todos esses sentidos.  O ser humano precisou ser reduzido a essa pobreza absoluta para dar à luz sua riqueza interior.
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        A guerra é um dos trabalhos mais primitivos de toda comunidade natural, tanto para defender a propriedade como para novas aquisições... Se o próprio homem é conquistado com a terra, como acessório orgânico dela, então será conquistado como uma das condições de produção, e assim surgem a escravidão e a servidão, que em pouco tempo falsificam e modificam as for. mas originárias de toda comunidade e se tornam sua base.
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       O que caracteriza a economia política burguesa é que ela vê na ordem capitalista não uma fase transitória do progresso histórico, mas a forma absoluta e definitiva da produção social.
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        ...Uma casa pode ser grande, pode ser pequena; enquanto as casas adjacentes forem igualmente pequenas, ela satisfará todos os requisitos exigidos socialmente para urna residência.  Porém, se se construir um palácio ao lado dessa residência, ela se assemelhará a um barraco.  Nesse momento, a casa pequena passa a ser prova de que seu possuidor não pode fazer exigências ou então só pode fazer as exigências mais modestas; no curso da civilização, a casa pode crescer muito, mas, se o palácio vizinho crescer na mesma proporção ou mesmo em proporção maior, o morador da casa pequena se sentirá cada vez mais desconfortável, insatisfeito, comprimido entre suas quatro paredes.
        Um aumento sensível do salário pressupõe um crescimento rápido do capital produtivo, o que, por sua vez, acarreta um crescimento igualmente rápido, da riqueza, do luxo, das necessidades e prazeres sociais.  Portanto, ainda que os trabalhadores tenham mais prazeres, a satisfação social que estes causam diminuiu em comparação com a expansão dos prazeres dos capitalistas., inacessíveis ao trabalhador, e em comparação com o estágio de desenvolvimento da sociedade em geral. Nossos prazeres e necessidades surgem da sociedade, por isso, medimo-los em relação à sociedade, não em relação aos objetos que os satisfazem.  Como são de natureza social, sua natureza é relativa.
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       Para igual trabalho realizado. e, por conseguinte, para igual, participação no fundo social de consumo, na verdade um obtém mais do que o outro, é mais rico do que o outro, etc., Para evitar todos esses inconvenientes, o direito teria de ser, em vez de igual, desigual...
       (... ) Mas essas falhas são inevitáveis na primeira fase da sociedade comunista, tal como acabou de nascer da sociedade capitalista, depois de um longo e doloroso parto.  O direito não pode nunca ser superior à estrutura econômica e ao desenvolvimento cultural da sociedade, por ela condicionado ...
       Em uma fase superior da sociedade comunista, após o desaparecimento da infamante subordinação dos indivíduos à divisão do trabalho e, consequentemente, do desaparecimento da oposição entre trabalho intelectual e físico; quando o trabalho se tiver tornado não só um meio de vida, mas também a primeira necessidade vital; quando, com o desenvolvimento universal dos indivíduos, também tiverem crescido as forças produtivas, e todas as fontes de riqueza comum jorrarem abundantemente - somente então o horizonte estreito do direito burguês poderá ser totalmente ultrapassado e a sociedade poderá  escrever em suas bandeiras: cada um conforme suas capacidades, a cada um segundo as necessidades.
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40
       A utilidade de uma coisa constitui seu valor de uso ...
       Isso não depende de se, na apropriação de seus tributos eis pelo homem, este emprega maior ou menor quantidade trabalho... O valor de o só se realiza na utilização no consumo.  Valores de o constituem o conteúdo material da riqueza, seja qual for a forma social.  Na forma de sociedade que vamos observar, eles são simultaneamente os veículos materiais do ... valor troca.
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        A história nada faz, ela não possui uma riqueza colossal, ela não conduz lutas!  Pelo contrário é o homem, o homem real e vivo que tudo faz, que trava a luta; não é a história que usa o homem para realizar seus fins - como se fosse uma pessoa à parte - porém ela nada mais é do que a atividade do homem que persegue seus fins.
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        Não se deve admitir que Filosofia seja realmente Filosofia apenas porque se baseia na autoridade e na boa-fé, mesmo que a autoridade seja a de um povo e a sua fé seja secular.
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       O valor da força de trabalho não era determinado unicamente pelo tempo de trabalho necessário ao sustento do trabalhador adulto individual mas pelo tempo de trabalho necessário ao sustento do trabalhador e de sua família.  Ao lançarem todos os membros da família do trabalhador no mercado de trabalho, as má. quinas repartem o valor da força de trabalho do homem adulto por toda a sua família.  Assim, elas desvalorizam a força de trabalho do adulto.  A compra, por exemplo, das quatro forças de trabalho de uma família talvez custe mais do que a aquisição, anteriormente, da força de trabalho do chefe da família mas em compensação quatro dias de trabalho substituem um único, e o preço cai na proporção em que o trabalho excedente dos quatro ultrapassa o trabalho excedente de um, Agora, quatro têm de fornecer ao capital não só trabalho como também trabalho excedente, a fim de que uma família possa viver.  Desse modo, as máquinas aumentam de antemão o material humano - o campo mais específico de exploração do capital e aumentam, simultaneamente, o grau de exploração.
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        A escravidão direta foi a base para a nossa industrialização atual, assim como a máquina, o crédito, etc.  Sem escravidão não há algodão, sem algodão não há indústria moderna. A escravidão deu valor às colônias; as colônias criaram o mercado mundial; o mercado mundial é condição necessária para a grande indústria mecânica.  Assim, antes do tráfico ter começado. as colônias supriam o velho mundo somente com uns poucos produtos e não provocaram uma alteração visível na da terra.  A escravidão é, de mais nada, uma categoria econômica da mais alta importância.  Sem escravidão, Estados Unidos, o mais progressista dos países, seria transformado numa terra patriarcal.  Sem escravidão, não somente se iria riscar os Estados Unidos do mapa das nações como se atingiria a anarquia total decadência do comércio e da civilização moderna.
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       O aumento do salário não é mais do que o pagamento de salários melhores a escravos, e ele não conquista para o operário seu destino e sua dignidade humana.
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46
         O objetivo final do movimento político da classe operária é, naturalmente, a conquista do poder político; para tal é necessária, naturalmente, uma organização prévia da classe operária... Onde a classe operária não está suficientemente organizada para conduzir uma campanha decisiva contra o poder coletivo, isto é, contra o poder político das classes dominantes, é preciso, de todo modo, prepará-la pela agitação contínua contra a atitude adotada em política pelas classes dominantes, atitude que lhe é hostil.  Em caso contrário, ela permanece um joguete em suas mãos.
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        O cristianismo só queria nos livrar da dominação da carne... porque encarava nossa carne, nossas cobiças, como estranhas a nós mesmos; ele só queria nos libertar da determinação pela natureza porque considerava que nossa própria natureza não fazia parte de nós ... Se eu próprio não sou natureza ... toda de. terminação pela natureza... aparece-me como uma determinação por alguma coisa de estranho. ... como uma heteronomia com relação à autonomia do espírito.
(... ) O ideal cristão da liberdade quer dizer a ilusão da liberdade.
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48
         Toda a sociedade burguês é apenas uma guerra mútua de todos os indivíduos mais se diferenciam, por sua individualidade abstrata... A oposição entre o estado representativo democrático e a sociedade burguesa é desfecho da oposição clássica entre a comunidade pública e o sistema escravista.  No mundo moderno, todo indivíduo faz parte de um sistema escravista.  Mas a escravidão da sociedade burguesa é, aparentemente, a mais ampla liberdade, porque parece ser a independência acabada do indivíduo para o qual o movimento desenfreado...
é a manifestação de sua própria liberdade, enquanto que na realidade não é mais do que a expressão de sua submissão absoluta e a perda de seu caráter humano.
(6)
49
          O comunismo, abolição da propriedade privada dos meios de produção que é alienação do homem, é apropriação real da essência humana pelo homem e para o homem. É uma reconquista do homem completo, consciente e a nada renunciando de toda a riqueza adquirida pelo desenvolvimento anterior do homem social, isto é, do homem humano.  O homem se apropria, pois, de seu ser universal de um modo universal, ou seja, enquanto homem total.
(5)
50
       O Estado é a forma pela qual os indivíduos de uma classe dominante fazem valer seus interesses comuns.
(8)
51
         O capital não tem a menor consideração pela saúde ou duração da vida do trabalhador, a não ser quando a sociedade o força a respeitá-las. À queixa sobre a degradação física e espiritual, morte prematura, padecimento por trabalho excessivo, o capital responde: por que nos atormentarmos com esses sofrimentos, se eles aumentam o nosso prazer (o lucro)? Entretando, de um modo geral, isso não depende da boa ou má vontade de cada capitalista.  A livre concorrência faz com que as leis imanentes à produção capitalista vigorem frente ao capitalista individual como leis .externas compulsórias.
(17)
52
       O homem faz a religião, a religião não faz o homem.  A religião é a consciência de si e o sentimento de si que o homem ainda não conquistou, ou que já perdeu. É a realização fantástica da natureza humana, porque esta não tem realidade verdadeira.     Lutar contra a religião é, por conseguinte, lutar indiretamente contra o mundo do qual a religião é o aroma espiritual.
        A miséria religiosa é, ao mesmo tempo, a expressão da miséria real e o protesto contra essa miséria.  A religião é o suspiro da criatura atormentada, o coração de um mundo ,sem coração, como é o espírito de uma existência sem espírito. É o ópio do povo.
        O desaparecimento da religião como felicidade ilusória povo é uma exigência de sua felicidade real.  Exigir que v povo renuncie às ilusões sobre sua condição é exigir que abandone uma condição que necessita de ilusões.  A crítica Ias religiões é virtualmente a crítica do vale de lágrimas do qual a religião é a auréola...
        A crítica da religião esclarece o homem para que pense, aja e crie sua realidade, como homem esclarecido, dono de sua razão, a fim de que ele gire em torno de si mesmo, seu verdadeiro sol.
(4)
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         A razão última de todas as crises continua sendo a pobreza e o consumo limitado das massas em face da tendência da produção capitalista a desenvolver as forças produtivas como se estas não conhecessem outros limites que não a capacidade de consumo absoluto da sociedade.
(17)
54
         Entre a sociedade capitalista e a sociedade comunista se coloca o período de transformação revolucionária da primeira na segunda, a que corresponde um período de transição política em que o Estado não pode ser outra coisa que a ditadura revolucionária do proletariado.
(18)
55
       Não me cabe o mérito de haver descoberto a existência das classes na sociedade e a luta entre elas.  Muito antes de mim, historiadores burgueses haviam descrito o desenvolvimento histórico dessa luta de classes e economistas burgueses haviam expresso sua anatomia econômica.  O que eu fiz de novo foi:

1) demonstrar que a existência de classes está ligada apenas a fases de desenvolvimento histórico determinado da produção;

2) que a luta de classes conduz necessariamente à ditadura do proletariado;

3) que essa ditadura, ela mesma, não constitui senão a transição à abolição de todas as classes e a uma sociedade sem classes.

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56
       O trabalho é primeiramente um processo entre homem e natureza, um processo em que o homem possibilita, regula e controla sua troca de substâncias com a natureza por meio de sua própria ação.  Ele se defronta com a própria substância da natureza como um poder natural.  Coloca em movimento forças naturais pertencentes a seu corpo, braços e pernas, cabeça e mãos, para se apropriar da substância da natureza numa forma utilizável para sua própria vida.  Enquanto, nesse movimento, age sobre a natureza exterior e a modifica, transforma simultaneamente sua própria natureza. Desenvolve as potências nela adormecidas e submete o jogo das forças naturais a seu próprio domínio.
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57
        A grande indústria concentra, em um mesmo lugar, uma massa de pessoas que não se conhecem entre si.  A concorrência divide os seus interesses.  Mas a defesa do salário, esse interesse comum a todas elas perante seu patrão, uneas em uma idéia comum de resistência: a coalizão.  Portanto, a coalizão persegue, sempre, uma dupla finalidade: acabar com a concorrência entre os operários para poder fazer uma concorrência geral aos capitalistas.
        Se o primeiro fim da resistência se reduzia à defesa do salário, depois, à medida que, por sua vez, os capitalistas se associam, movidos pela idéia da regressão, as coalizões, inicialmente isoladas, formam grupos, e a defesa pelos operários de suas associações, diante do capital sempre unido, acaba sendo para eles mais necessária que a defesa do salário.
       (...) Nessa luta - verdadeira guerra civil - vão se unindo e desenvolvendo todos os elementos para a batalha futura.  Ao chegar a esse ponto, a coalizão toma caráter político.  As condições econômicas transformaram primeiro a massa da população do país em trabalhadores.  O domínio do capital criou para essa massa uma situação comum, interesses comuns.     Assim, pois, essa massa já é uma classe relativamente ao capital, mas ainda não é uma classe para si. Na luta, da qual não assinalamos mais que algumas fases, essa massa se une constituindo-se numa classe para si mesma.
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       O que constitui a alienação do trabalho?  Primeiramente, o fato de o trabalho ser externo ao trabalhador, não fazer parte de sua natureza, e, por conseguinte, ele não se realizar em seu trabalho mas negar a si mesmo, ter um sentimento de sofrimento em vez de bem estar, não desenvolver livremente suas energias mentais e físicas mas ficar fisicamente exausto e mentalmente deprimido.  O trabalhador, portanto só se sente à vontade em seu tempo de folga, enquanto no trabalho se sente contrafeito.    Seu trabalho não é voluntário, porém imposto, é trabalho foçado.  Ele não é a satisfação de uma necessidade, mas apenas um meio para satisfazer outras necessidades.  Seu cará ter alienado é claramente atestado pelo fato de, logo que não haja compulsão física ou outra qualquer, ser evitado como uma praga.  O trabalho exteriorizado, trabalho em que o homem se aliena a si mesmo, é um trabalho de sacrifício próprio, de mortificação.  Por fim, o caráter exteriorizado do trabalho para o trabalhador é demonstrado por não ser o trabalho dele mesmo mas trabalho para outrem, pelo fato de no trabalho ele não se pertencer a si mesmo mas sim a outra pessoa.
      Tal como na religião, a atividade espontânea da fantasia do cérebro e do coração humanos reage independemente como uma atividade alheia de deuses ou demônios sobre o indivíduo, assim também a atividade do trabalhador não é sua própria atividade espontânea. É atividade de outrem, é uma perda de sua própria espontaneidade.
       Chegamos à conclusão de que o homem (o trabalhador) só se sente livremente ativo em suas funções animais - comer, beber e procriar, ou no máximo também em sua residência e no seu próprio embelezamento - enquanto cri[as funções humanas se reduz um animal.  O animal se tora humano e o homem se tora animal.
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       Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escola e sim sob aquelas com que defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado.  A tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos. E justamente quando parecem empenhados em revolucionar-se a si e às coisas, em lar algo que jamais existiu, precisamente nesses períodos crise revolucionária, os homens conjuram ansiosamente ri seu auxílio os espíritos do passado, tomando-lhes emprestado os nomes, os gritos de guerra e as roupagens, a fim apresentar-se nessa linguagem emprestada.
        Assim, Lutero adotou a máscara do apóstolo Paulo, a Revolução de 1789-1814 vestiu-se alternadamente como a República romana e como Império Romano, e a Revolução de 1848 não soube fazer nada melhor do que parodiar ora 1789, ora tradição revolucionária d 1793-1795.  De maneira idêntica, o principiante que aprende um novo idioma traduz sempre as palavras desse idioma para sua língua natal; mas só quando puder manejá-la sem apelar para o passado esquecer sua própria língua n emprego da nova, terá assimilado o espírito desta última poderá produzir livremente nela.
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       Historicamente, a burguesia desempenhou um pape revolucionário.
       Onde quer que tenha assumido o poder, a burguesia pôs fim a todas as relações feudais, patriarcais e idílicas.  Destruiu impiedosamente os vários laços feudais que ligavam o homem e seus “superiores-naturais”, deixando como única forma de relação de homem a homem o laço do frio interesse, o insensível “pagamento à vista”.  Afogou os êxtases sagrados do fervor religioso, do entusiasmo cavalheiresco, do sentimentalismo  pequeno-burguês, nas águas gélidas do cálculo egoísta.  Fez da dignidade pessoal um simples valor de troca, e, em nome das inúmeras liberdades conquista. das, esclareceu a implacável liberdade de comércio.  Em suma, substituiu a exploração, encoberta pelas ilusões religiosas e políticas, pela exploração aberta, única, direta e brutal.
      A burguesia despojou de sua auréola toda a ocupação até então considerada honrada e encarada com respeito.           Converteu o médico, o jurista, o padre, o poeta, o homem da ciência em trabalhadores assalariados.
      A burguesia rasgou o véu sentimental da família, reduzindo as relações familiares a meras relações monetárias.
      A burguesia não pode existir sem revolucionar constantemente os meios de produção e, por conseguinte, as relações de produção e, com elas, todas as relações sociais.  Ao contrário, a conservação do antigo modo de produção constituía a primeira condição de existência de todas as classes industriais anteriores.  A revolução contínua da produção, o abalo constante de todas as condições sociais, a eterna agitação e incerteza distinguem a época burguesa de todas as precedentes.      Suprimem-se todas as relações fixas, cristalizadas, com seu cortejo de preconceitos e idéias antigas e veneradas; todas as novas relações se tornam antiquadas, antes mesmo de se consolidar.  Tudo o que era sólido se evapora no ar, tudo o que era sagrado é profanado, e por fim o homem é obrigado a encarar com serenidade suas verdadeiras condições de vida e suas relações com a espécie.
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      Na manufatura e no artesanato, o trabalhador utiliza a ferramenta; na fábrica, é um servo da máquina.  Lá, era dele que partia o movimento realizado pelo instrumento do trabalho; aqui, ele acompanha tal movimento.  Na manufatura, os trabalhadores constituem os membros de um organismo vivo.  Na fábrica, um organismo morto, independente deles, ao qual são incorporados como acessórios vivos...
      Ao mesmo tempo em que abala extremamente o sistema nervoso, o trabalho nas máquinas subjuga o múltiplo jogo muscular e elimina qualquer atividade física e espiritual livre.  Mesmo a facilitação do trabalho se transforma em tortura, na medida em que sem libertar o trabalhador do trabalho – ela esvazia o trabalho de conteúdo...
      A parcela de habilidade do trabalhador em máquinas, individual e esvaziado de conteúdo, desaparece como uma questão secundária insignificante diante da ciência, das monstruosas forças naturais e do trabalho social massificado, que são incorporados no sistema mecanizado e que com ele formam o poder do “mestre” ...
      A subordinação técnica do trabalhador ao processo uniforme do instrumento de trabalho, bem como a composição peculiar do corpo de trabalho por indivíduos de ambos os sexos e das mais diversas idades, criam uma disciplina semelhante à militar, que se consuma no regime integral da fábrica.  Portanto, ao mesmo tempo, desenvolve plenamente o trabalho de supervisão, dividindo os trabalhadores em trabalhadores manuais e em fiscais de trabalho, em soldados e oficiais subalternos da indústria.
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       Se o valor de uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho utilizado durante sua produção, poderia parecer que quanto mais preguiçoso ou inábil for um homem, tanto maior o valor de sua mercadoria, pois ele precisa de mais tempo para produzi-la.  No entanto, o trabalho que constitui a substância dos valores é trabalho humano igual, utilização da mesma força de trabalho humano.  Toda a força de trabalho da sociedade, que se revela nos valores do mundo das mercadorias, vale aqui com a mesma e única força de trabalho humano, embora se componha de inúmeras forças individuais de trabalho.  Cada uma dessas forças individuais de trabalho é, como todas, a mesma força de trabalho humano, na medida em que possui o caráter de uma força média de trabalho da sociedade; atua como essa força média de trabalho e, portanto, utiliza somente o tempo médio necessário de trabalho, para a produção de uma mercadoria.
        (...) Como valores, todas as mercadorias são apenas medidas determinadas do tempo de trabalho nelas cristalizado.
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Bibliografia - Obras de Marx

1. Diferença entre a filosofia da natureza de Demócrito e a de Epicuro. – Tese de doutorado – (1841).
2. A questão judaica  – (1843).
3. Crítica da filosofia do estado de Hegel – (1842).
4. Crítica da filosofia do direito de Hegel – (1843).
5. Manuscritos econômicos-filosóficos – (1844).
6. A sagrada família ou Critica da critica critica. – (1845).
7. Teses sobre Feuerbach – (1845).
8. A ideologia Alemã – (1846).
9. A miséria da filosofia – (1847).
10.  Manifesto do Partido Comunista – (1848).
11.  Trabalho Assalariado – (1849).
12.  As lutas de classe na França – (1850).
13.  O 18 Brumário de Luís Bonaparte – (1852).
14.  A questão do Oriente – (1856).
15.  Para a critica da economia política – (1859).
16.  Salário, Preço e Lucro – (1865).
17.  O Capital – Livro 1 – (1867) - Livro 2 – (1885) Livro 3 – (1894) (sendo que os dois últimos tomos foram organizados e publicados por Engels, após a morte de Marx).
18.  Critica ao programa de Gotha – (1875).
19.  Teorias sobre a Mais-Valia – (ultima parte de O capital) publicada por Kautzky em 1910.
 

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