Pitágoras (século
VI a.C.) Conhece-se muito pouco sobre a vida desse filósofo, pois
foi uma figura legendária, e é díficil distinguir
o que é verdade e o que é mentira. Nasceu em Samos, em uma
época em que na Grécia estava instítuido o culto ao
deus Dioníseo. Os órficos (de Orfeu) acreditavam na imortalidade
da alma e em reencarnações (metempsicose), e para se livrar
desse ciclo, necessitavam da ajuda de Dioníseo, deus libertador.
Pitágoras postulou como via de salvação em vez desse
deus, a matemática. Acreditava na divindade do número. O
um é o ponto, o dois determina a linha, o três gera a superfície
e o quatro produz o volume. Os pitagóricos podem concebem todo o
universo como um campo em que se contrapõe o mesmo e o outro. É
de pitágoras o teorema do triângulo retângulo. Fundou
uma seita, em que a salvação dependia de um esforço
humano subjetivo, e que tinha iniciação secreta. Os números
constituem a essência de todas as coisas segundo sua doutrina, e
são a verdade eterna. O número perfeito é o dez, por
causa do triângulo místico. Os astros são harmônicos.
Foi Pitágoras que inventou a palavra filosofia- (amizade ao saber).
A escola de Pitágoras gerou os Pitagóricos,
que procuraram aperfeiçoar o sistema filosófico original.
Eles floresceram em uma colônia grega na Itália. Pregavam
o ideal da salvação do homem, tinham um caráter místico
e espiritualista, e davam à matemática um caráter
matemático.
Muitos filósofos foram também
matemáticos, que atribuem ao universo a lógica dos números
e em muitos pontos de sua doutrina buscam a matemática para fundamentar
a sua lógica. É uma visão mecanicista, que identifica
no mundo o racíocinio matemático. Platão exaltava
a geometria, por essa ter um caráter abstrato. Outros filósofos
matemáticos importantes foram Descartes, Leibniz e Bertrand Russel.
Spinoza escreveu um livro chamado A ética demonstrada pelo metódo
geométrico.