Xenófanes, de Colofão-(século
IV a.C) atribue-se a ele a fundação da escola de Eléia.
Levou vida errante, passou parte dela em Sicília, tendo fugido de
sua terra natal por causa da invasão dos medas. Alguns duvidam de
sua ligação com Eléia. Em seus fragmentos defendeu
um deus único, supremo, que não tinha a forma de homem. Realçou
isso afirmando que os homens atribuem aos deuses características
semelhantes a eles mesmos, que mudam de acordo com o povo. Se os animais
tivessem mãos para realizarem obras, colocariam nos deuses suas
características. Restaram de suas obras alguns fragmentos, sendo
que uns satíricos. Foi contra a grande influência de Hesíodo
e Homero (historiador e escritor gregos). Zombou dos atletas , preferindo
a sua sabedoria aos feitos atléticos, que não enchiam celeiros.
O deus segundo Xenófanes está implantado em todas as coisas,
o todo é um, e é supra-sensível, imutável,
sem começo, meio ou fim. Teve como discípulo Parmênides.
Segundo Hegel os gregos tinham apenas o mundo
sensível diante de si, e não encontravam satisfação
nisso. Assim jogavam tudo fora como sendo não verdadeiro, e chegavam
ao pensamento puro. O infinito, Deus, é um só, pois se fosse
dois haveria a finitude. Hegel identifica a dialética
em Xenófanes, uma consciência da essência, pura,
e outra de opinião, uma sobrepondo a outra, indo contra a mitologia
grega.