Zenão, de Eléia- (século
V a.C) cerca de quarenta anos mais jovem que o seu mestre e conterrâneo
Parmênides. Nasceu na Éleia, e interviu na política,dando
leis à sua pátria. Zenão teria deixado cerca de quarenta
argumentos, sendo que nove foram conservados pelo doxógrafos. São
dispostos em problemas de grandeza, do espaço, do movimento e da
percepção sensível. Ele parte da divisibilidade infinita
do espaço, pois um corpo percorrendo um espaço infinito em
um tempo finito estaria imóvel. Seus argumentos constituem-se verdadeiras
aporias (caminhos sem saída), indo até ao absurdo. Foi considerado
por Aristóteles o inventor da dialética, no sentido de diálogo
que parte das premissas do adversário e o põe em contradição,
numa posição insustentável. Defendeu as teorias do
ser de seu mestre, Parmênides, contra os seus adversários,
notadamente os pitagóricos, que pregavam o ser múltiplo e
divisível. O infinito não pode ser percorrido num tempo finito,
só em um tempo infinito. Seus argumentos ficaram conhecidos como
paradoxos de Zenão.
Paradoxo de Aquiles: o mais lento na corrida
jamais será alcançado pelo mais rápido, pois o que
persegue deve sempre começar a atingir o ponto de onde partiu o
que foge. Outro argumento pretende afirmar que uma flecha está em
repouso ao ser projetada. É a consequência da suposição
de que o tempo seja composto de instantes.
Ele demonstra que quando há o múltiplo,
há o grande e o pequeno. Quando grande, o múltiplo é
infinito, segundo a grandeza.
Para Hegel, a dialética de Zenão
possui mais objetividade que a atual. Ele ainda se conteve com os limites
da metafísica.
Segundo muitas lendas, tornou-se célebre
em sua morte, quando salvou um Estado de seu tirano, sacrificando sua vida,
pois foi torturado e não delatou seus companheiros de conjura. Por
isso foi assassinado.