Jorge Lucio de
Wassily
Kandinsky.
Francisco
Inácio Pinkusfeld
Dizia Marx
Em todo percurso de mudanças, a afirmação de que a história das artes visuais reclama, por um lado, a especificidade e o detalhe que permitam divisar a sua espessura própria, o seu sistema próprio de signos e, por outro, esteja em relação com o movimento geral da cultura e da filosofia, a sucessão das formas de ver e pensar o mundo, das epistemes segundo o conceito foucaultiano. Espessura que favorece as relações não mecânicas e não simplistas entre contexto sociocultural e formas de percepção e expressão visual, como no poema de Sebastião Uchoa Leite em que o Nordeste da infância se retrata na pintura de Klee: "Algumas coisas têm linha desigual / As barracas populares / Do nordeste com seleções cromáticas / Desiguais: iguais em Paul Klee". E como diz ainda o poeta: "Há uma linha que atrai / Oculta na profusão cromática". Linha da inteligibilidade do visual, linha que Jorge Lucio de Campos persegue com sucesso - Do simbólico ao virtual, um livro da coleção Debates da Editora perspectiva.