EU DISSE ADEUS - Roberto Carlos - 1969
eu disse adeus/nem mesmo eu acreditei, mas disse adeus
e vi cair no chão todos os sonhos meus/ e disse adeus às ilusões também e aos sonhos meus
eu disse adeus e vi o mundo inteiro desabar em mim/queria ser feliz e acabei assim
me condenando a ter recordações, recordações...

vai ser tão triste olhar sozinho tudo o que era de nós dois
mas foi melhor dizer adeus naquela hora pra não chorar depois
eu disse adeus/ nem mesmo eu acreditei mas disse adeus
pisei as ilusões e até os sonhos meus
e veio o pranto e mesmo assim eu disse adeus, eu disse adeus...

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PAÍS TROPICAL
- Jorge Ben
moro num país tropical abençoado por Deus
e bonito por natureza, mas que beleza, em fevereiro, em fevereiro
tem carnaval, eu tenho um fusca e um violão
sou flamengo e tenho uma nega chamada Tereza

sambaby, sambaby, posso não ser um band leader, pois é
mas lá em casa todos os meus amigos, meus camaradinhas me respeitam, pois é
e essa é a razão da simpatia, do poder do algo mais e da alegria

moro num país tropical abençoado por Deus
e bonito por natureza, mas que beleza em fevereiro, em fevereiro...

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MULHER (sexo frágil) - Erasmo Carlos
dizem que a mulher é o sexo frágil, mas que mentira absurda
eu que faço parte da rotina de uma delas, sei que a força está com elas
vejam como é forte a que eu conheço, sua sapiência não tem preço
satisfaz meu ego se fingindo submissa, mas no fundo me enfeitiça
quando eu chego em casa à noitinha quero uma mulher só minha
mas pra quem deu luz não tem mais jeito porque um filho quer seu peito
o outro já reclama a sua mão e o outro quer o amor que ela tiver
quatro homens dependentes e carentes da força da mulher

mulher, mulher, do barro de que você foi gerada me veio inspiração para cantar você nesta canção
mulher, mulher, na escola em que você foi ensinada jamais tirei um dez
sou forte, mas não chego aos seus pés...
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JURA SECRETA -de: Sueli Costa e Abel Silva - gravação de Simone e Fagner
só uma coisa me entristece, o beijo de amor que não roubei
a jura secreta que não fiz, a briga de amor que não causei
nada do que posso me alucina, tanto quanto o que não fiz
nada que eu quero me suprime de que por não saber inda não quis

só uma palavra me devora, aquela que o meu coração não diz
só o que me cega, o que me faz infeliz, é o brilho do olhar que não sofri
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A CARTA - Raul Sampaio-Benil Santos - gravação de Erasmo Carlos na década de 60 e regravada em 1992 por Erasmo e Renato Russo no CD Homem  de Rua de Erasmo.

Escrevo-te estas mal traçadas linhas meu amor
Porque veio a saudade visitar meu coração
Espero que desculpes os meus erros por favor
Nas frases desta carta que é uma prova de afeição
Talvez tu nem a leias, mas quem sabe até darás
Resposta imediata me chamando de meu bem
Porém o que me importa é confessar-te uma vez mais
Não sei amar na vida mais ninguém
Tanto tempo faz, que li no seu olhar
A vida cor-de-rosa que eu sonhava
E guardo a impressão de que já vi passar
Um ano sem te ver, um ano sem te amar

Ao me apaixonar por ti não reparei

Que tu tiveste só entusiasmo
E para terminar, amor assinarei

Do sempre, sempre teu...Erasmo

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PARALELAS - Belchior
tom - D
                 D

dentro do carro

              D7b
sobre o trevo
             G3b                   G
a 100 por hora, oh meu amor
               D
só tens agora
        D7b              G3b   G
os carinhos do motor
          D                          D7b            G3b
e no escritório onde eu trabalho e fico rico
                             C#º
quanto mais eu multiplico
                         D
diminui o meu amor
                             Dº  
em cada luz de mercúrio                           
 
vejo a luz do teu olhar  D

passa praças,  viadutos Dº                          

nem te lembras de voltar, de voltar, de voltar   D   D7+  D7 G

no Corcovado que abre os braços sou eu  C#º
             D                                    D7+ D6
Copacabana esta semana o mar sou eu           
          E7b

e as borboletas do que fui pousam demais G-5b

por entre as flores D
       D#                      D
do asfalto em que tu vais

e as paralelas
D7b
dos pneus na água das ruas  G3b

são duas G  estradas nuas D

em que foges  D7b do que é teu  G3b G

no apartamento D

oitavo andar D7b  abro a vidraça  G3b

e grito quando o carro passa A#

teu infinito sou eu, D  sou eu, D7  sou eu  G. . .
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