Gabriel Soares de Souza, escritor da época afirma que os carijós viviam
da caça e da pesca e sabiam muito bem manejar o arco e a flecha; e que
moravam em casas cobertas e tapadas com cascas de árvores para se
proteger do frio.
Os botocudos, por
sua vez, eram os mais temidos porque ariscos e defensores ferozes das suas
terras.
Mesmo assim os primeiros brancos puderam, com relativo sossego, viver,
plantar e colher com a presença temida dos índios. Estes ainda vinham
até bem perto das casas e não se sabia onde eram os seus acampamentos
porque ninguém ousava ir à sua procura.Os ataques eram
poucos e sempre visavam ao furto de objetos caseiros, comida ou armas.
Não eram muito freqüentes, mas traziam os moradores sempre assustados
principalmente quando tinham suas casas afastadas de vizinhos. Quem tinha
um roçado distante de casa não andava só ou desarmado; e os caçadores
não iam longe.
Para atacarem, os
índios agiam com o maior cuidado. Com paciência, durante dias espiavam o
local do seu ataque. Quando havia grupos de pessoas ou alguém armado,
nunca atacavam.Dos ataques e de
mortes, contam-se alguns em Canhanduba, Itaipava, Limoeiro e Espinheiros.Tais ataques
motivaram as autoridades a criar, anos depois, uma companhia de pedestres
- isto é, de policiais, para proteger a população.
Da antiga presença
dos índios em nossas terras, hoje só nos resta sua lembrança nos nomes
de alguns lugares do Município: Canhanduba, Itaipava, Ariribá,
Guaraponga e nosso nome - Itajaí.
Fonte: PEQUENA HISTÓRIA DE ITAJAÍ -
Prof. Edson d'Ávila
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Índios botocudos do Vale do Itajaí
in "Índios e Brancos no Sul do Brasil" - Sílvio C. dos
Santos.
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