Motor Wankel - Funcionamento

  Como nos motores 2 tempos, eles não possuem válvulas de admissão, nem de escapamento e sim janelas por onde entram e saem a mistura e que tanto a abertura quanto o fechamento são controlados pelo pistão. Aliás, o pistão é uma forma de triângulo com os lados meio abaulados.

  No início apresentavam problemas de vedação das câmaras, principalmente nos vértices do triangulo, mas isso foi solucionado com novos materiais. Também apresentava problemas de poluição porque a mistura esfriava dentro das câmaras devido ao formato bem comprido das mesmas, mas isso também foi solucionado com a eletrônica de gestão do motor e com o reposicionamento das velas.

  Eliminados todos os problemas, o motor Wankel voltou a ser teoricamente muito bom, já que possuem menos peças móveis (não possuem válvulas, comandos de válvulas, bielas) e os pistões giram e não fazem movimentos alternados. Isso tudo faz com que gere menos atritos internos, menos vibrações e gire bem alto.

  O pistão ou rotor tem 3 lados que funcionam simultaneamente. Enquanto um lado está comprimindo a mistura, o outro está aspirando e o último está expulsando os gases queimados.

Fiz a animação acima a partir de 4 imagens, caso queira vê-las clique aqui

  Só que a relação entre a rotação do rotor e o eixo de saída que funciona como virabrequim é 1,5:1, fazendo com que cada volta do eixo corresponda a 2 explosões, igual nos 2T e o dobro dos 4T.

A Mazda chegou a usar um com 4 rotores com turbo nos modelos 767B de 630 hp que correu em 89 e 90 e no 787B de 700 hp que correu em 91 e venceu as 24 de Le Mans.