Introdução
As
capacidades físicas indispensáveis para a execução das acções motoras
compreendem essencialmente dois tipos: as quantitativas (condicionais)
e as qualitativas (coordenativas).
As
capacidades condicionais são
essencialmente determinadas pelos mecanismos que conduzem à obtenção e
transformação de energia, isto é, os processos metabólicos nos músculos e
nos sistemas orgânicos. Portanto nelas predomina a condição física. São
essencialmente determinadas pelas componentes energéticas, por isso têm carácter
quantitativo. São: resistência e
força.
Nas
capacidades coordenativas predomina a
coordenação. Relacionam-se com os processos de controlo do movimento
dependentes do sistema nervoso central, por isso têm carácter qualitativo.
Estas capacidades “permitem que o atleta consiga dominar de forma segura e
económica as acções motoras, tanto em situações previsíveis (estereótipos),
como imprevisíveis (adaptação). É através destas capacidades que o atleta
consegue aprender relativamente depressa gestos motores, bem como regular
eficazmente a tensão muscular no tempo e no espaço”. As suas formas de
manifestação são: equilíbrio, observação,
controlo motor, reacção
motora, antecipação, expressão
motora, representação, ritmo, diferenciação
cinestésica, coordenação e orientação espacial.
Capacidades
físicas |
||
Condicionais |
Coordenativas |
Coordenativo/condicionais |
·
Resistência ·
Força |
·
Observação ·
Controlo motor ·
Reacção motora ·
Antecipação ·
Expressão motora ·
Representação ·
Ritmo ·
Diferenciação cinestésica ·
Coordenação ·
Equilíbrio ·
Orientação espacial |
·
Velocidade ·
Flexibilidade ·
Destreza |
Ao grau de desenvolvimento das capacidades motoras chama-se condição física. Esta pode ser melhorada e desenvolvida através do treino ou preparação física. O seu desenvolvimento é a garantia para a aprendizagem e para a realização eficaz dos movimentos desportivos, pois intervém em maior ou menor grau em todas as actividades físicas, individuais ou colectivas.