1. Resistência

É uma capacidade revelada pelo sistema muscular que permite realizar esforços de longa duração, resistindo à fadiga e permitindo uma rápida recuperação depois dos esforços, evitando a perda de eficácia motora. É pela adaptação do sistema cardiopulmonar que se torna possível vencer a fadiga. Esta pode ser considerada um limite para lá do qual o rendimento decresce ou pára totalmente.

Uma vez que o esforço leva à fadiga, devem distinguir-se variantes destes dois conceitos.

Quanto ao esforço:

·    Esforço absoluto Þ é um esforço que, por ser muito intenso, não possibilita a recuperação no seu decurso. Um exemplo prático são as provas de velocidade.

·    Esforço relativo Þ é um esforço com uma intensidade moderada e por isso é possível a recuperação relativa durante a sua realização. Por exemplo, nas provas de distância.

Quanto à fadiga:

·    Fadiga local Þ é aquela que se revela somente nos músculos que foram utilizados no esforço efectuado, tornando-os incapazes de realizar eficazmente uma acção, como acontece com as cãibras.

·   Fadiga geral Þ esta variante revela-se nos planos muscular e cardiopulmonar, sendo mais ou menos proporcional ao grau de intensidade do esforço realizado. Pode manifestar-se pelo aparecimento de tonturas, aceleração e arritmia das frequências cardíacas e respiratórias, transpiração, etc. Origina-se na incapacidade orgânica em satisfazer as necessidades energéticas ao nível muscular, quando extremamente solicitado.

Formas de manifestação de resistência

Em função da massa muscular solicitada

Em função da modalidade desportiva

Em função da mobilização bio-energética (1)

Em função da duração do esforço

·  Resistência geral

·  Resistência regional

 

·  Resistência local

·  Resistência geral

·  Resistência específica

 

·  Resistência aeróbia

 

·  Resistência anaeróbia

·  Resistência de curta duração

·  Resistência de média duração

·  Resistência de longa duração

(1) De acordo com processos de obtenção de energia, a resistência apresenta como variantes:

Ø   a resistência aeróbia – equilíbrio entre o oxigénio que está a ser requisitado para o trabalho muscular e o que é transportado pela circulação até esse tecido;

Ø   a resistência­ anaeróbia – onde há falta de oxigénio e a energia é produzida através da fermentação. Dentro desta última existem outras duas variantes: a resistência anaeróbia aláctica (nos esforços de pequena duração, quando a energia é obtida a partir da fosfocreatina, não se formando muito ácido láctico) e a resistência anaeróbia láctica (quando os esforços são mais prolongados e se usa o açúcar de reserva do nosso organismo – o glicogénio, formando-se grandes quantidades de ácido láctico no sangue).

Treino da resistência

É fundamental desenvolver a resistência geral para se poder atingir um bom nível na resistência específica de um desporto, qualquer que ele seja. Se a resistência geral for baixa, o treino não será muito eficaz, pois o aparecimento precoce da fadiga impossibilitará a sua intensidade.

Para desenvolver esta capacidade convém praticar repetidamente exercícios de média intensidade ou séries de corridas relativamente curtas, rápidas ou, em certos casos, com variações de velocidade.

Desportistas treinando a sua resistência

Teste da condição física

Teste da resistência aeróbia (teste de Cooper) – consiste em correr 12 minutos à volta de um percurso estabelecido pelo professor, tentando percorrer a maior distância possível a um ritmo constante.

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