1. Velocidade

 

A velocidade é a capacidade motora que permite a máxima rapidez de execução de um movimento (acção motora) ou de uma série de movimentos.

 

Tem como variantes:

 Velocidade de reacção ou de resposta a estímulos sensoriais ou volitivos. Pode medir-se tendo em conta o intervalo que decorre entre o estímulo e a resposta motora, a que chamamos «tempo de reacção». A velocidade de reacção pode ser voluntária ou involuntária (“reflexos”).

 

O «tempo de reacção» da velocidade voluntária depende:

    da velocidade de percepção própria de cada órgão sensorial;

    da capacidade que os centros nervosos possuem de tratar ou transformar informação (recepção dos estímulos sensoriais) em impulsos motores adequados;

    → da rapidez de contracção dos músculos em causa.

 

Na velocidade involuntária, o comando motor parte, não dos centros cerebrais (caminho mais longo), mas da espinal medula (caminho mais curto). Assim, a informação recebida e a resposta dada processam-se mais rapidamente. É exemplo disto o «arco reflexo», mecanismo biológico de defesa, segundo o qual o tempo de resposta motora a um estímulo considerado perigoso é encurtado ao mínimo tempo possível.

 

 Velocidade de contracção — toda a acção motora depende da capacidade de encurtamento (contráctil) das fibras musculares. A velocidade de contracção depende do grau de coordenação neuromuscular e da condição fisiológica da musculatura e tem a ver com vários aspectos: tipo e dimensão das alavancas muscularmente accionadas, velocidade de reacção motora ao estímulo nervoso, nível de coordenação neuromuscular e condição em que se encontram os músculos solicitados.

 

 Outras formas de manifestação:

  > velocidade de aceleração;

  > velocidade de execução;

  > velocidade de resistência;

  > velocidade de repetição.

 

Treino da velocidade

 

Tendo a ver com aspectos orgânicos, funcionais e estruturais, inatos e hereditários, só dentro de certos limites, a velocidade, especialmente a contráctil, pode evoluir (um jovem estruturalmente lento nunca será decerto um campeão de velocidade). Porém, pode ser beneficiada por exercícios de potenciação física próprios para desenvolver as qualidades musculares.

 

Para melhorar a velocidade de qualquer tipo de movimento é necessário:

pôr em condições o músculo interessado;

executar o movimento desejado à máxima velocidade possível, de acordo com o princípio que velocidade engendra velocidade;

aperfeiçoar a coordenação dos movimentos;

estar atento ao relaxamento.

 

Portanto o treino deve processar-se dentro dos seguintes princípios:

* esforços – curtos, intensos à máxima velocidade de execução possível;

* intervalos – que possibilitem uma boa recuperação entre os esforços;

*repetições – as possíveis, desde que a fadiga não surja como inibidora do desempenho da velocidade.

 

Todo o tipo de acções explosivas, que impliquem respostas rápidas a estímulos variados, passando de posturas estáticas a dinâmicas, de formas de movimento lento ou moderado a outras velozes ou em aceleração, partidas em velocidade, saltos e lançamentos são outros exercícios específicos que permitem o correcto desenvolvimento desta capacidade.

 

            

Atletas especializados em velocidade

 

Testes de condição física

 

   1.      Velocidade de execução – realizar uma corrida de 40 metros, no menor tempo possível;

 

   2.      Velocidade de repetição – realizar uma corrida de 150 a 200 metros, no menor tempo possível.

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