VERDES SÓIS
Primeiro me falaram de teus olhos.
Eu te sonhei em bronze e sombras
e esperei o amanhecer.
Depois eu te esperei nesta manhã,
plantei meu riso de esperança
na esperança de te ver
(chegar).
O dia, que era sombra na alvorada,
virou claro de alegria
ante o verde desse olhar.
As sombras, que nasceram com
o dia,
eram só a nostalgia
dessa espera de te ver (chegar).
E os sóis que me faltavam
na manhã
chegaram dois, verdes, bonitos,
nos teus olhos de hortelã.
Luiz de Aquino
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