Ando em busca desse eu desconhecido
amigo d'outras eras — já
não mais
Procuro e não encontro
o eu perdido
esquecido num passado tão
voraz.
Grito no vazio o meu silêncio
palavras mudas de meu ser
em solidão
Amargas são as dores
do tormento
de meu ser em eterna colisão.
Doce eu desse meu ser
bebo de mim num cálice
do prazer
brindando a busca de meu
eu...
Doce eu desse meu ser
busca se finda nesse meu
viver
sou anjo meu.
©Marc Fortuna, 04/09/2000