Agora eu vou mandar a Lua
pro quintal,
Quem sabe é poeta
nunca vê um mal;
A Lua que brilhou a mim qual
arraial,
De tanto bem que fez, só
me quer mal;
Lua, vou te deixar chorando
no meu quarto,
Vou bater forte a porta que
é pra você
Perceber que meu amor não
te quer mais,
Lua, as dores que sentes
é qual de parto,
A vida que dou-te seria bom
esquecer,
Porque você me deixou
sem paz;
Agora, vou chamar o Sol pra
cá de mim,
Quem sabe ele goste de se
embriagar?
O Sol que chamo é chama
sem fim,
É fruto de tudo em
mim se apaixonar;
Sol, vou te queimar em flor
de prazer,
Enlouquecer-te qual chuva
da manhã
Que não deixa sair
ou trabalhar quem vai,
Sol, ó doce sol, és
a partida de escrever
A doce ida da solidão,
que me foi vã,
E que com a Lua no meu quarto,
à cama cai.
Jansey França