Cai a noite... crepúsculo
estrelas encobertas
tapete de chumbo, nuvens
indesejadas
Raios despontam no horizonte
ruído de trovões
ao longe
logo despejarão sobre
mim
O que devia ser fúria
sagrada
chega como banho de chuva
despida de raios e trovões
e vem me lavar
Rosto virado pro céu
água escorre na pele...
encharca
molha roupa... arrepia...
sorrio
Gotas de chuva em lágrimas,
exorcizam.
Céu negro, puro, limpo
sorriso de lua... lindo!
que diz vai, segue teu rumo.
Mão de brilho a me
abençoar.
Naluh Andrade