Respirar o Invisível do Poema!!


Em noite de solstício,
o vento esculpe formas multifárias
nos canteiros noturnos.

O poeta abstraí-se
na claridade artificial,
onde átomos poentos
dançam ao som de Bach.

Branco sobre o branco.
Silêncio absoluto.

O poeta recolhe
no avesso do universo,
imagens que revelam
sua intimidade com o mundo.

Que distância percorre o bardo,
desde as margens do nada
até o reencontro do seu sonho?

©Dúnia de Freitas, 01/02/2000


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