Às vezes tenho vontade de andar
o mesmo caminho por onde vim.
Traria um carrinho de mão vermelho,
viria colhendo as sobras da ceia.
Palavras inúteis, frases mal/ditas,
essas ficariam à beira da estrada.
As que deveriam ser ditas e não foram
viriam embaladas cuidadosamente,
para serem usadas à exaustão.
(Também gravaria nas retinas
de meus olhos uns olhos que me olharam
de um jeito terno que nunca esqueci).
Daria uma peneirada legal
em todos os sucessos da jornada,
trazendo à lembrança fortuitos êxitos,
delícias de meu surrado ego.
©Fausto Rodrigues Valle