Inconsciente
inconsistente,
é este fluir de meu sangue
de palavras
que teme e treme à tua ameaça:
silenciosa
leitura do meu ser,
e eu aqui, espremendo a minha verve...
No escuro do meu silêncio
deixo brotar palavras,
na lavra,
da pala do meu casaco
que me fecha para o sentido do mundo,
que me protege do frio da tua leitura,
que me faz impermeável ao sentido das coisas,
porque as coisas não são solitárias em seu sentido,
como são
estas
minhas
palavras.
©Giovanni Colares