Chão de terra
Pés no chão
Fio de vento assobiando a solidão
Que saudade do passado
Que saudade do sertão!
Minha terra era só minha
Sonhava, plantava, colhia
Nos campos em que eu semeava
Não havia vida vazia
Só a paz por companhia.
Aqui eu não tenho terra
Aqui eu não tenho nada
Minha casa é a rua
Minha roupa é pele nua
Minha amada é a calçada.
©Marc Fortuna & ©Edinaldo Santos