Tudo o que vês ou sentes de mim
É a essência exata do que sou
E se o que pensas e ouves de mim
Parece insólito e inadequado,
Reflete um pouco...
Hoje caminhaste, sentiste o vento
E o sol que seca as folhas no chão...
E que saber especial usaste?
Ciência? Magia? Um saber oculto?
Se ora me vês agindo como criança
Menino, que sem falar, aponta...
Ora me sentes fraco, um velho
Que estórias velhas da vida conta...
É que me encontras perdido, indeciso e só
Encruzilhadas que eu mesmo tracei,
Dedos trêmulos na areia
Que veste solta a estrada da vida...
Por isso, não procures segredos em mim
Não passo e nunca passarei de lógica,
Primária matemática...
A soma exata do que te mostro
E o que se esconde em mim,
Que eu próprio desconheço!
©Antonio Guimarães