Quero pousar alegremente em braço teu
Um braço meu, para tão bem te conduzir
Entre as aléias deste parque e ver luzir
Raríssimos olhos de mel que Deus te deu.
Olho a pousar tão mansamente em olho meu...
...Traz-me a paz e a ventura de sorrir
E te entender; que põe meu peito a fremir
Por te querer dizer o quanto que sou seu!
Ainda agora que o disse em vão espero,
Resignado, que o sorriso se desfaça,
A amizade apenas afirmando assim,
Mas ai que vejo teu olhar 'inda mais sério,
'Inda antevejo e coro à mais cruel desgraça.
Mas tu me abraças forte e falas enfim:
©Alexandre G. Botelho, 10/01/2000