Saudade em Moldura
Imagens emolduradas do passado
Retratos que sorriem displicentes
Registros eternos de momentos
Quando teus passos caminhavam
Para abraçar o meu coração
Magia de uma fotografia teimosa
Que acreditou ser para sempre
Perdemo-nos nas espirais do tempo
Na incongruência dos astros
Foste indo nos ventos do outuno
Levando meus sorrisos e cores
Ainda passeia em silêncio, teu perfume
Acordando minhas melhores lembranças
Meus braços, vazio dos teus abraços
Contemplam mudos, o cenário inerte
De uma saudade repetida e invasora
Talvez, à espera de uma nova primavera...
©Nandinha Guimarães, 17/05/2000