O vento traz o perfume da noite
Divina dama de corpo ardente.
A brisa é suave
Mas seu olhar se desmancha
Em vontades de conquistar o prazer.
Teço com paciência
A teia da sedução.
E você, falena encantada,
Cai nas garras da paixão.
[seriam garras?]
Uma lágrima escorre inquieta
E suave como um rio.
Turbilhão descontrolado de emoções.
Vagas ondas de incompreensão.
Agora você me quer explicação.
E eu te quero invasão.
Mergulho agora.
Perco o rumo.
Perco tudo.
[queria perder]
Encontro o sonho encantado
Que numa breve canção
Desmancha a estrofe vazia
Rimando minha dor
Com palavras que encontrei em seu corpo.
Sinto frio.
Solidão lancinante.
E no céu ainda brilha
Minha estrela cadente,
Que agora apagou.
©Marcos Alexander