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Das janelas dos meus olhos
olho ao longe, para mim.
Bem no fundo h� um po�o
que goteja, triste, em mim.
Gota a gota, pedras caem
(vendavais que choram em mim)
Das janelas dos meus olhos
caem pedras sobre mim!
Quem me dera as gotas fossem
tempestades, oceanos
que inundassem o meu po�o
e levassem-me os anos!
Mas as gotas s�o, sim, gotas!
(parcas l�grimas perenes)
que n�o enchem nem um copo
com tristeza intermitente!
Tantas gotas (assim, t�o poucas!)
n�o me deixam nem contente
nem tampouco indiferente!
Essas gotas, poucas, ocas,
fazem oco, lentamente,
o que chamam, uns, de esp�rito,
mas que eu chamo, assim, demente,
Cora��o com dor de dente!
�Brenno Kenji, 02/06/2000
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