Não encontro palavras
Pra te dizer
Do tufão que perturba
Meu ser...
A voz estuante do amor
Se derrete em lágrimas,
Lágrimas recolhidas no orvalho
De almas frágeis...
Da vida nasce a vida,
Morte não tem lugar na luz...
Existe o fluxo e o refluxo
Da maré do estado eterno,
Desse existir no Universo...
Quero cada palavra,
Quero cada flor,
Quero cada perfume,
Quero mais que tudo tua dor...
Assim, quando o dia
Aparecer entre os galhos tímidos
Dos nossos seres renovados,
Encontrarei as palavras
Pra te dizer
Do tufão que passou...
E da vitória do Amor.
©Jean-Pierre Barakat, 09/04/2000