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Pilotei um papagaio de papel
J� h� muitos anos,
Eram nos meus dias da criancice.
No bambu: o papagaio de papel
Guiado pela sua cauda
Como a do meu c�o Capit�o
No monte de Marg�o!
L� no ar
O Papagaio Dan�a:
Um Tango? Uma Valsa?
Sim, tudo isso;
Mas em maior parte
� uma Balou�ada
Arrepiada!
Assim o Papagaio
Navega no ar,
Sobe os c�us!
Sua cauda?
Atropelada em v�o
Como a correia do Capit�o!
Al�m das �rvores
Perto das nuvens
O Papagaio atordoado:
Com um estalo
Quebra do guia frouxo;
A minha m�o assim apertando
E um adeus jamais anunciando.
Noutros dias,
H� muitos papagaios no monte
� um tempo dos duelos!
Essa hora
A cauda n�o importa
Nem o papel
Bem como o bambu!
� o guia com os seus estojos!
Uns pedacinhos de vidro
Uma navalha enferrujada!
E muita goma.
� uma luta como a dos galos
L� no ar:
Uma bicada aqui
Outra bicada ai,
Golpes corajosos!
O piloto a sofrer
A emo��o
Com um pouco de sangue
Na sua m�o!
O inevit�vel:
Um papagaio cortado em fatias:
Cambaleando ao seu destino:
Ravina florestral!
O outro:
O vencedor, fora da vis�o
Fugindo ao eterno:
Sem nenhuma limita��o!
Capturar novamente,
E inesperadamente,
Esses momentos coloridos
� cantar
Com o papagaio vencedor;
E assim
� aquela criancice voltar!
�Berardo Pinto Pereira
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