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(difícil admitir, mais de ocultar...)
de tudo, amor meu, de tudo, tudo...
do dia que amanhece e que primeiro
teu corpo ilumina e vê inteiro,
dizendo-te "-bom dia!", embora mudo...
do teto e das paredes do teu quarto,
da cama, do lençol, do travesseiro,
que guardam do teu corpo o mel e cheiro,
das coisas que te cercam quando parto...
do espelho que, atrevido, vê teu rosto...
da água escorrendo em tua face...
do dentifrício audaz de onde nasce
um gosto diferente do teu gosto...
da langerie que toca as tuas pernas...
da meia 7/8 te vestindo...
da meia-taça (ah, raiva!) te sentindo
no ajuste, em cada seio, onde te alternas...
da saia a um palmo do joelho...
do secador Ventando em teu cabelo...
do deslizar suave e do desvelo
com que o batom te pinta de vermelho...
de tudo o que tu comes, vês ou tocas:
da chave, maçaneta, do volante...
do que mira teu olho a cada instante...
da pizza e catchup com pipocas...
de tudo e muito mais... mas me contenho...
só quero que tu saibas que eu te amo,
e quando de "amor meu" meu amor chamo,
ciúme, até de mim, confesso, tenho...
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Antoniel Campos
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