Amor Proibido

eles vivem solitários
tal bago de seda
ou traço de vida
 
sons perdidos
dum acordeão repleto de paixão
ouvem-se ao longe
 
perto,
luzes entrecortadas
aninham-se em carinho
ternura escondida feita mistério
 
eles amam
envoltos em panos escuros
bebendo o líquido da aurora
fantasias douradas que brilham
 
em redor
olhares famintos
cinzam-se de fervor acetinado
 
cheias de expectativa
palavras erradas cortam o sonho
prenúncio de canto incompleto
 
dá-se o fim
aberto à loucura.

Rita Sá - 05/01/2000


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