CRÓNICAS DOS MUNDOS PARALELOS

Guy Tarade

Todos somos seguidos por uma sombra. Quanto menos esta sombra é incorporada na vida consciente do indivíduo mais negra e espessa ela é. Assim falava Jung. Esta sombra não é uma entidade imaginária, uma abstracção. É uma realidade poderosa. Diderot interrogava-se se o homem não viria ao mundo nascido de uma hereditariedade predisposta a fazer-lhe mal. Pelo contrário, Jean-Jacques Rousseau "desejava" o homem inocente. A questão divide desde sempre sábios e filósofos. Penetrar no labirinto metafísico não é coisa fácil. Muitos se perderam. Aristóteles denominava-a por "Filosofia Primeira".
Desde há alguns anos, a exploração das "faculdades perdidas" do homem revela possibilidades psíquicas espantosas. É assim que as experiências do professor Penfield provam a memória absoluta.


Na Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios (15,44), um discípulo de Cristo afirma: "Existe um corpo físico e existe um corpo espiritual."
Acreditando nisso, deve admitir-se que a morte do corpo físico não é o fim total e definitivo do ser humano, e que à matéria sobrevive uma quantidade de energia.
Charles Lancelin tentou, nos seus estudos experimentais e psicofisiológicos, definir a substância, a forma e as propriedades desta energia. Escreveu na sua notável obra L'Ame Humaine : "Para que o corpo comece a viver, para que essa vida dure e se manifeste, é preciso que o seu agregado vital e instrumental contenha em si um agente de impulsão que o ponha e o mantenha sempre em actividade: este agente � o seu princ�pio vivificante; �, em �ltima an�lise, esta a parte da alma total que n�s chamamos a alma vital (o duplo et�rico). Sendo o corpo, relativamente � alma, um instrumento, a acção que dela recebe é para ele uma ac�ção orgânica que consiste na actuação desse instrumento pela própria alma.

Em 1910, Hippolyte Baraduc, investigador francês, tentou fotografar a alma humana quando deixa o corpo físico. Quinze minutos depois da morte de sua mulher, obteve uma fotografia em que se distinguia o duplo psíquico, uma espécie de nuvem branca, que saía do cadáver.
No livro a Vida depois da Morte , um médico sueco, Nils Olof Jacobson, relata estudos feitos com o auxílio de balanças ultra-sensíveis colocadas em vários leitos de moribundos. Regista-se, diz ele, uma perda contínua de peso ao longo das últimas horas de vida, e quando a alma deixa o corpo a balança acusa bruscamente uma queda de vinte e um gramas.
Estas experiências macabras já tinham sido tentadas em 1900 por um sábio americano, Duncan Mac Dougall, que, em mais de sessenta casos, verificou a perda regular de vinte e uma gramas...
O Dr. Jacobson pensa que a vida depois da morte é como um sonho e que a semelhança é tão grande que a própria alma não repara que deixa o corpo. Chegou a esta conclusäo através de uma investigação extremamente aturada, efectuada através de pessoas que estavam clinicamente mortas, tendo o coração deixado de bater, após o que regressaram à vida.
A alma humana, que tem poderes ainda insuspeitados, domina o mundo material e pode escapar do corpo durante o sono ou o êxtase.
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