Disarm76
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 Disarm76  (Marco Silva)
 

 Heroina

Desperdiça-me

Azul

Big-Bang

 

Web: http://disarm76.cjb.net





 

 













 


Heroina
 

Passo os dias a pensar na próxima dose.
Quem me dera poder libertar-me.
Julgava que não ficaria viciado.
Cada vez que sinto o teu olhar penetrar nas minhas
veias
Tenho a sensação de estar a flutuar no espaço.
Tu és a minha heroina.
Longe de ti sinto dores
Dores difíceis de explicar por palavras
Fico incapacitado de falar
Fico com vontade de dizer a toda a gente
que finalmente encontrei o tesouro mais precioso que
pode existir:
O teu sorriso!
Nada é mais interessante de seguir que os teus lábios
Quando articulas cada palavra.

Quando quiseres estarei pronto.
Pronto para a injecção final do teu perfume no meu
sangue.
Até porque sem ti a vida fica tão... tão sem vida.

Nada fazia prever isto
No inicio eras só uma estrela.
Agora...Agora explodiste com entropia infinita dentro
do meu universo.
 

 Disarm
5/9 3h30 a.m.

 


 

Desperdiça-me
 
Mata-me com um pensamento
Mata-me com o sofrimento
Mata-me com uma palavra cara
mata-me, inflige-me uma ferida que nunca sara
Mata-me com um punhal sangrento
Mata-me logo e não me dês mais alento
Mata-me e sorri para o mundo
Mata-me e sente o amor profundo
Mata-me como se eu nada fosse
Mata-me logo e acabou-se!!
Mas por favor, mata-me...
 
disarm
28.11.98 - 14h00
 


 

AZUL
(tristeza Infinita)
 
Sinto-me a morrer,
O sol eclipsou-se e a Lua afogou-se,
E eu nem quero saber...
 
Alguma vez estiveste tão em baixo?
Eu só queria desvanecer por um segundo,
De qualquer maneira acho que o Sol nao voltará
A este meu sombrio e desconectado mundo, profundo...
 
Nunca me senti tão mal,
cada noite vejo demónios atraentes,
Espero os créditos do final,
para ver se ainda consto dos presentes.
 
Nao sei o que se passa comigo
Vejo-me a cair mas não sinto dor,
Será o brilho o meu querido inimigo?
Alguem me resgate do escuro, por favor!
 
disarm
09.09.97 - 5h19 am


 


BIG - BANG
 
Tudo caminha, tudo se precipita para o infinito,
Eu menti a mim próprio o saí dorido,
Certas alturas não sei o que penso nem no que acredito,
E quando olho para o chão encontro um coração perdido,
Talvez com um pouco de cola eu o consiga encaixar de novo,
Quem sabe.... Não! Ninguém sabe e nunca ninguém há-de saber.
 
As mazelas são demasiadas, já foi muito calcado,
O sangue já não sobe à cabeça,
Talvez por isso eu veja tudo em câmara-lenta,
Aguenta! Aguenta!
Mas não sei se consigo...
 
A mente espera pelo Big-Bang e a alma acredita na redenção,
A guitarra já não toca baixinho e a cama ainda tem o teu cheiro,
Apesar de tudo, compreendo a tua situação,
Apesar de tudo apetece-me gritar com o mundo inteiro.
 
Queria ser tudo o que me pedisses,
Queria colar-me a ti para sempre,
Queria acreditar que não fiquei chateado,
Queria morrer e não ser ressuscitado.
 
Quando me abraçaste no meio do teu sono,
Senti o coração a bater como nunca antes,
O ritmo tornou-me cada vez mais bonito,
Chegaram-me em sinapses, batidas de mundos distantes...
 
Disarm
4/9 2h10 a.m.