Bad_One
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Bad_One (Rodolfo Filipe Leal Pereira)  

       Web site: http://www.na.cama.com/bad


 

 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

 "Chove…"

Há momentos em que a rapidez e direcção dos meus passos,
Denunciam a vontade da minha alma.
Existem sorrisos, mentiras, lágrimas…
Chove e as nunvens escondem memórias,
O medo dos dias cinzentos…
Residentes num mundo num mundo de vil solidão.
É tremendamente estranho e algo assustador,
Quando a raiva num acto de desespero,
Explode e desvasta a quietude e silêncio que dominam
Os vales perdidamente calmos e profundos do meu
Mais íntimo ser.
O tempo continua a voar e tudo parece facilmente perdido.
É incerto arriscar e ao mesmo tempo,
Um descontrolado abuso de coragem,
Mas mesmo assim, apesar do medo, ainda penso em ti,
Acho que é isso que eu não quero,
Quero chorar, gritar a cada gota de chuva
Que  escorre da minha cara,
Quero fechar os olhos, e rir, rir desesperada e sarcásticamente,
Até admitir que não vai parar de chover,
Que sou fraco…
Que não vais mais voltar…

Rodolfo Pereira 18-4-97
 

 


"Tempestade existencial"

Porque será o mar o meu refúgio?
E porque lhe grito eu se me derrubam as suas ondas?
Frio e violento, o vento sopra, ensurdece,
Não deixando ouvir a minha raiva, o meu arrependimento...
Fecho os olhos e vejo-te, sem te conhecer pesadelos, tudo tão claro...esquecendo tudo...
Deixando traços de calma que num único momento parece parar tudo...
Estou farto de olhar para o ínfimo céu,
E ver nele uma simples e talvez inútil esperança.

Mais uma vez tenho de desistir,
 Já nem o pôr-do-sol me ajuda, ou me alegra.
Faz-se tarde, e está escrito nas estrelas que nada tem rumo.
Lembro-me...Choro...Grito...De joelhos no chão,
A noite cai-me em cima com o peso da solidão.
Estranhas conversas passam por mim, e eu sem nada para dizer...
Sem  nada à volta que me faça rir,
Estupidamente se houve nunca vi, ou quis ver.
Será que estive perto? Será que me viste?
Não quero saber...
Também não tenho intenções de viver desta maneira.
Oh meu Deus por quanto tempo mais terei eu de resistir?
Ajuda-me!!!
Porque agora é tão difícil resistir às lembranças como é fácil chorar.
Quantas vezes mais irei eu voltar ao sítio da minha tristeza?
Com passos sombrios e lentos, de cabeça baixa,
Pergunto ao céu a  razão de eu existir sem razão,
Estranhamente pára tudo, noite escura, que silêncio lindo!
Acho que nada vai melhorar,
Se é que alguma vez melhora,
Eu sei isso,
Mas só acredito no que vejo, já nem sequer no que sinto,
É por isso que escrevo, ou tento escrever,
Tento esquecer a caneta, escrever com os olhos e guiá-los com o coração,
Tento escrever sem recordação.
E mesmo sabendo,
Tudo o que digo, faço ou vivo não muda,
Apenas  me entristece.

Rodolfo Pereira, escrito algures em outubro de 1997…
 

 



 "Nunca me irei esquecer…"

Se ainda tens algo a dizer, o melhor será dizer agora!
Diz tudo…excepto "-Fica!!!"
Simplesmente diz-me!
Ambos sabemos que chegámos ao fim,
Só não sabemos como…
Disseste: "Bem, pelo menos ainda seremos amigos!"
Sim, uma última esperança sem uso…
Disseste "Há várias maneiras de viver…"
Sim, já conheço essa desculpa.
Mas viver agarrado ao que já aconteceu não é suficiente…
Lembrar não é viver nem amar( viver é amar), é sofrer, é desesperar…

Então se não tens nada a dizer, diz apenas "Adeus…"!
Não olhes para trás e diz adeus.
Tu sabes que chegámos ao fim, só não sabes porquê!
Nunca nada fica na mesma, ou muda…
Então porque é que isto me magoa desta maneira?
Dizer-te que mudei, dizer-te que cresci, mas que ainda tenho medo…

Ainda há longas noites em que me deito acordado,
A pensar no que tenho feito,
Na maneira como desperdicei todos os meus sonhos,
A pensar no que realmente me tornei!
Sei que por menos que queira, para sempre me irei arrepender,
E que por mais que queira, nunca te conseguirei esquecer…

   Nunca te irei esquecer!!!

Rodolfo Pereira 11-5-97



 "Grito!!!"

Quero ir...
Onde estás...
Canta-me, não quero acordar sózinho...
Não quero acordar...
Porque é que tem de ser?
Piano não deixes de me fazer viajar...
Vento não me deixes de soprar...
É altura de mudar...
Voltar para trás...e não desistir...
Descansar!
Deixa-me!
Deixa-me ser o que quero...
Deus sabe que seria a primeira vez...
Dantes voava...
Adorava voltar atrás...
Para poder desistir, de descansar...
Para não poder sonhar!
Para poder gritar...sem acordar!!!
 
Rodolfo Pereira 14-8-97




  "Para ti!"

É estranho vaguear entre o tempo e o destino que nos persegue.
Sei agora que o que não há, não se pode encontrar, só se pode perder e perder e perder, e aí então desistir e ceder…
Ainda hoje queria não saber o que é amar, para viver quase feliz e meio a sonhar.
Por mais que eu quisesse, ser livre já não é fugir sem olhar para trás…
Deixei de acreditar, cresci…vivi…
Não adianta lamentar o passado,
ele está sempre à frente, a fazer cair…
Tal como tudo nos persegue e se adianta a nós,
e até mesmo a ilusão de liberdade se perde com o envelhecer dos sonhos.
Os sonhos apesar de belos, têm o seu pesadelo, acabam…
Também não se pode ser livre para sonhar, embora se possa sonhar com o ser livre…é mais fácil, sofre-se menos…
É a realidade, onde pelo contrário, o grande sonho desfalece como um corvo azul que cai por perder o único sentido de viver, o de voar…
Nunca é tarde para alguém sonhar, continua a amar e entretanto que todas as tuas explosões de paixão resistam em gritos de silêncio, dentro das paredes fechadas da tua solidão…
Voar livre é sonhar

Rodolfo Pereira 16-2-98




 "Só, ou as memórias de um dia…"

Assim são os meus dias!
Lentos e tristes, cheios de nada para contar, sem vida!
Sempre a fugir de algo que faz parte de mim, à minha sombra, à tristeza.
Estou mesmo triste, sem nada para me rir, farto de procurar aquilo de que vivo, será que existe? Ou será que nasci com esta maneira de sentir tão própria só para poder sofrer e ver tudo de uma maneira mais optimista.

Viajo perdido, perdido na memória de algo que nunca existiu…
Anseio por isso, rebolo no chão, e esqueço que longa é a espera…
Porque ainda não é tarde!
Esqueci-me da letra, da música mágica, música essa que nunca foi nossa…
Canto-a embalando as memórias que tenho de ti, continuam a cair,
Como lágrimas sem fim…

Fecho os olhos, fujo à realidade, não vale a pena, que conclusão!
A minha fuga já não tem idade, e o meu choro razão…
 
Rodolfo Pereira 8-1-98



"Just like me"

Raivoso sentimento que tentas
No meu peito penetrar
Roubas-me o sono, descobres a solidão
Sem que eu o possa evitar

És neste tempo morto
Algo que já pensava ter perdido
Mas neste mundo absorto
Só se perde o mais apetecido

Espírito que voas livremente
Pairas sobre o triste passado
Voa como quem reina amarguradamente
Num coração ferozmente devastado

Razão selvagem na plena felicidade
Vinga neste momento de liberdade toda a tua solidão
Que teima em esconder na noite o teu sorriso
Que no silêncio tenta prender-te nesta longa e escura prisão.

Rodolfo Pereira , algures em Fevereiro de 1998




"A insensatez"
 

Amo-te
Dificilmente o disse
Fácilmente convicto

Os teus olhos empurraram-me
Para trás...levaram-me
Para perto de ti
Num dia que não existirá outravez
Vivi...só tu o permitiste...

Amo-te
É o que digo ás estrelas, ao mar, ao vento
É...o que sinto...

Silencio...tão pouco querido
Da tua boca, profeta da felicidade
Do conforto, e sonhos...
Objecto cortante...culpado!
Pela alma em destruição

Amo-te
Não é novo o que te estou a dizer
Nem sei se vale a pena o tentar descrever

Sei que perdi a razão...
Qual?
Nem eu sei...
Vi-te num clarão...
Eras a própria tempestade...
Chuva na minha cara...
Eras...quem eu amei...
 

Amo-te!!!
Amo-te!!!
Amo-te???

        Rodolfo Filipe Pereira, 4 de Abril de 1998



"Capaz..."

Sou...
Às vezes...
De fugir mesmo do tempo,
Por um pouco,
Durante um sonho...
Onde és a mais real das fantasias...
Que fala, e me seduz...
Que ri, e me faz esquecer...
Só por te ver...
...talvez...
Vês-me??? É que este é o meu sonho,
E eu não devo ser o teu...
Sou???
Nem sei...
Não me persigas...
Já basta fugir do que me assusta agora...
Vou fugir outravez, já é tempo...
Já é hora...

Rodolfo Filipe LEal Pereira



…sem ser superficial…

O simples mergulhar na onda revolta
Afunda-me nas memórias…

Respiro a sua tristeza, que me rodeia,
Começa a fazer parte de mim.
Mas a tristeza não ilumina
E da luz se vive, ás escondidas…

Ela que leva tudo…

O Amor…

Até mesmo tu…
E que só deixa mesmo…
A dor.

13-5-98 Rodolfo Pereira



Assim...

 
Apetece-me fugir, invariávelmente na direção do mar,
e sentir...
Precipícios melodiosos cheios de aventura e medo,
e ver...
O pôr do sol,beleza de um leque de sonhos ainda por navegar.
Tudo desejos...
Tal e qual crenças que Voam como o vento e
iluminam caminhos nas negras noites de solidão...
como reflexo de estrelas que brilham graciosas.
Mas afinal o desejo mais profundo é a mentira mais real...
e basta virar a cara, olhar no chão...
e ver...
 

-Olha! uma gaveta abandonada, na rua...
que apenas da memória se pode valer, porque agora nada vale,
tão desprezada, a antiga confidente de cartas e poemas de amor...
desforrada...húmida como quem chora por envelhecer...
Cofre de pano de cetim violado pelo esquecimento,
Assim como a perda da pureza de algum sentimento...
Apodrece e sente na madeira o tempo impiedoso,
a quem ela nunca conseguiu encerrar.
Tenho a visão e os próprios medos engavetados,
Sobrevivo ao puxão e empurrão,
Ao fechar e ao abrir...
Mas mesmo assim continuo na rua,
Sem sentir,
 
Junto á tempestade...
Sem pôr do sol nem sonhos,
 
Sem aventuras nem crenças,
Sem cartas nem poemas,
Assim só...
...Sem amor...

 
Rodolfo Filipe Pereira 21-6-98
 

 

 
Devia ser proibido

As palavras deviam ser proibidas
E os sentimentos inibidos.
Num sonho infinito,
Debaixo do mesmo céu estrelado,
Na mesma mentira doce,
No nosso pesadelo alegre,
Descontrolado, livre...
 
Devia existir verdade,
Num universo de fantasia.
Em que se perdoam até as noites sem lua,
Em que se abraçam incertezas,
Com o medo de se perder
para sempre...
o medo...
Devia haver um destino,
Mas em vez disso...
Fugi á tua frente
Ou tentei...
 

A tua corrente de pele macia
Agarrou-e pela mão, com paixão
Abriste a boca
E num beijo mudo...
Discutimos...
As palavras deviam ser proibidas
Porque aqui elas traem
Até a desconfiança dos olhares.
Proibido?
O que devia ser proibido???
...o amor?...

28-6-98-Domingo  Rodolfo Filipe Pereira



 

Estrela do (a)mar
 
Ao fechar os olhos avisto o barco dos meus sonhos
onde já estou...sem sequer ter tempo para abri-los.
Hoje a noite só tem estrelas...e o vento dorme...
O medo anda á deriva...ou a fugir do destino...
Esquecendo o mapa,
Mapa de estrelas sem rumos nem direcções,
Seguro por mãos penduradas...
A tocar o reflexo da lua beijando as ondas...
Serenidade que me conduz ao descanso eterno,
De mão dada ao um anjo,
uma mergulhadora de asas marinhas,
Sem expressão ou calor, só cores...transparentes...
Acabei de acordar com o embalar de ondas pequenas,
Junto ao mar, na areia quente da noite...
Sem saber porquê, tive vontade...
de segurar em  areia e com toda a força  arremessar ao mar,
Por momentos julguei estar a nevar,
foram os reflexos da lua...tinha saudades, por isso sorri...
A areia como se semeada na água, que nem salpicou,
Afundou-se lentamente...e dessa tão comum visão...
Apareceste tu... subindo....subindo...
O mar parou...
E com ele o mundo...
Emergias da água, como uma flor...
Dançando ao som de algo contagiante,
Tal como o tempo se escapa ao amor.
E como a saudade que persegue o amante.
 
-Pensei que nuca mais vinhas..
...Meu anjo de asas marinhas...
 
Bad_One  2-7-98




Laços

Aconteceu mais uma vez,
Mas desta foi diferente,
Larguei as asas,
e dei três passos em frente
- Este palco lunar tem
dois passos de comprimento,
o terceiro não foi em vão,
mas mesmo assim o lamento.
-
Por isso vou gastar o tempo,
Quebrar laços de amizade,
Vou Fugir do vento,
E Contrariar a saudade.
-
Chega de rimas!!!
Destesto...
-
Amo-te!
Para quê rimar? Ou versar?
Quando tudo o que quero é mesmo te amar?
-
Mesmo que não me ames,
farei-te sentir grande,
Dançarei contigo,
Não largarei a mão,
Voarei sem te perder,
Como luarinos cheios de saudades...
Eu amo-te...
Tu é que ainda não sabes.

 Bad_One
20-7-98


 

Sentido do amor

Tenho sentido que nada tem sentido,
Sei isso por ter perdido alguns medos,
Por dançar com estrelas,
abraçar a lua,
e desvendar os meus segredos.
.
Cheiro quase todas e mais alguma flor,
Vejo o nascer do sol sem acordar,
Digo que não sei o que é o amor
E toco o horizonte sem me esforçar...
Espero ver-nos beijar a lua,
Num reflexo de neve macia,
Onde espero até á eternidade,
Na esperança de poder viver esse dia...
Nada tem mesmo sentido,
Quanto mais o amor,
É este o mal de ter vivido,
Sem cheirar apenas uma flor...
.
Vamos dar beijos luarinos,
Vamos correr as praias abandonadas,
Vamos sorrir como meninos,
Sempre, sempre de mãos dadas.
.
.

 Rodolfo
Filipe Leal Pereira  (Bad_One)
 
 

 

Son(h)o

Passou mais um dia triste,
Dos infinitos que o tempo teima obrigar a viver.
A noite agora espreita á janela, cheia de lua.
E o cinzento da cidade não me deixa sorrir.
É melhor fechar a janela,
Pois os fantasmas da solidão Procuram almas gémeas.
Ao deitar-me, acordei...
Novamente, no meu quarto, ainda...
A minha sensação de que tudo é vazio Deixou de existir...
Foi quando percebi estar a sonhar.
Num abrir de olhos senti-me abraçado,
Quis-me deixar ir...
Falecer num sonho, Onde não doi...
Mas em vez disso voámos, Horas, dias, talvez séculos,
Perdi noção do tempo...
E desta vez não fizemos amor, Sentimos-o!
Embora distante quase te toquei no coração, quase...
E a sensação de que o peso de uma subtil carícia
Não foi aceite, transformou-se...
Em lágrima, de cristal, da cor de um passado,Transparente.
Pareceu-me ouvir suspirar baixinho: "Desculpa..."
Mas sem certeza disso, gritei: "AMO-TE!!!"
E ao abrir os olhos era dia, Da lua restava nada,
A cidade era cinzenta, E a janela não estava fechada...

 Rodolfo Filipe Leal Pereira 6-7-98 (Bad_One)


 


Acreditar

És deusa que ergue
Madrugada de cristal.
A Luz fina...deitada na areia,
Que me esconde do tempo,
Á sombra do destino,
Ao sabor do vento...
Que me deixa,
A amar sem desatino.
Risos correm na veia,
E do calor nascem castelos,
Adormecidos após um abrir de olhos,
Nalgum segredo sem sentido,
Só mesmo por ser...
Sem sentido...
ou algum segredo escondido.
 

Não quero clarificar nem explorar,
Só apenas me perder,
Para que me possas encontrar.
Adorei a dança no jardim mágico,
E fugir dos feitiços da lua,
E traí-la, na outra face...
Com risos franzinos,
Abraços eternos,
E sonhos luarinos.
Amor! O que sinto...
"Eu não sei dizer"
 

"All my feelings are broken,
Love just can't be spoken"
Custa...
Por amar como um errante,
Por estar contigo quando pareço distante...
Por te querer a me acompanhar,
Quando tudo o que basta...
É mesmo ACREDITAR...
 
...Que podes voar...

 
Rodolfo Pereira  (Bad_One) 21-7-98


 

Domingo á tarde

Senti-te a fugir... quando te dei a mão...
 

a voar...outravez...de olhos fechados,
sem direção, a sonhar.
-Não há rota, nem rumo, frota.
Só o teu e meu mundo.
-Aquele que percorremos a sorrir,
 e ainda hoje tentamos sentir.
-A tua mão abraçou a minha,
 soprou-me o susto
 e acordou-me a vontade,
 De subir ás estrelas, por caminhos decadentes...
De beijar a lua, bem ao de leve...
como quem beija o lábio cansado
 de tanto ser beijado.
-E o beijo doce que flui de apertar o amor
 sufoca a dor...
a dor de te sentir longe...
-Por favor, voa comigo!
-Mas eu já estou a voar contigo...
Tu é que ainda não sabes.
Dói-te?
 Corrói-te assim tanto?
-Porque perguntas? claro que sim!
Tu existes...
-E tu também!

-Mas sem o mundo não somos ninguém...
E a dor não nos faz bem
Ama-me por isso
 e esqueçe...simplesmente...
o mundo, tu e eu, ou eu e tu,
 sente apenas,
 voa... outravez...
 de olhos fechados.

Rioja e Bad_One  a  9 de julho de 1998


 

Sonhos Doces

Vai, vem, deixa a lua para trás,
Despe-te desse medo e sente o calor
Vem brincar, cá fora, ao sol.
Mostra o sorriso sem piscar os olhos.
Pareces criança, feliz...
Adoças-me um sonho que é viver,
E vives-o, provas-o, és...
Não pares de dançar,
Será que és tudo para mim?
Sinto-me assustado,
Tudo á minha volta parou
E só te oiço chamar-me de apaixonado.
Fui expulso do real, por sonhar...
Para a penitencia de um mundo pior
O dos meus sonhos,
Onde as coisas ficam apenas,
Como sempre...
Na mesma.
Não me fales de amor, fala-me de ti, amor!
Aquece-me com o teu sorriso.
Pois sinto-me sem alma
Perante um sonho vencido.
Vem, cá fora, brincar...
Com a agua, o sol e a lua,
Agora podemos fazer e ser tudo,
Agora sonhamos na eternidade...
Mas há um problema...
Eu amo-te...na realidade.
.
 


Rodolfo Pereira as the Bad_One 26-8-98