Sonho ou Pesadelo?
Em 1972 o mundo descobriu que a ginástica era muito mais do que birncadeira de ciranças, nos passos de uma jovem que encantou o mundo naquela Olimpíada descobriram o lado cruel daquilo que achava ser apenas diversão. Olga Korbut era amada, idolatrada, era tida como uma deusa, pois parecia mais uma pluma no ar, e parecia ser tão divertido quanto chupar um pirulito ou rolar na grama. Mas uma queda durante a final do individual geral a deixou de fora do quadro de medalhas, e ela chorou. Para o público aquilo foi o fim do sonho, pois até então tudo era diversão e a medalha era apenas uma conseqência. Olga foi uma das primeiras ginastas a chorar em público por ter perdido a medalha de ouro, depois delas outras surgiram, a mais inesquecível foi Daniela Silivas da Romênia nos jogos de 88. Engraçado a coincidencia de nomes, Daniela, pois é, enquanto o país inteiro vibrava com a conquista de uma medalha de bronze, algo inédito para a equipe brasileira de ginástica, uma ou algumas pessoas não gostaram nada, é claro o bronze não é ourro, principalemtne quando podíamos ter ganho a prata, pelo menos estávamos mais próximos da prata, iríamos poder dizer: tem o sabor do ouro. Esperávamos ficar atrás dos EUA mas à frente do Canadá, mas alguns erros nos deixaram em 3º lugar, atrás principalmente do Canadá, que venceu a competição.
Nos bastidores aquela que era uma das maiores alegrias começou a tornar-se pesadelo para uma ginasta de nome Daniele, igual aconteceu com Oksana Omelianchik no mundial de 87, que recebeu a culpa pela derrota da equipe Soviética para a Romênia, a nossa Daniele que segundo a revista IG, carregava o nosso país em seus ombros, passou a receber também toda a culpa por termos ficado em 3º lugar. Numa equipe em que todas contribuíram um pouco para isso, um baixo rendimento no salto, algumas falhas nas barras e na trave, algumas ginastas chegaram a sair do tablado no solo só Daniele recebeu a culpa. Uma pequena falha na passagem parra o barrote maior, um desequilíbrio no "bo jump" na trave e um passo na aterrissagem, foi por isso que ficamos com o bronze e não a prata, segundo os técnicos do Brasil que estavam em Winnipeg.
Acabou sendo demais para a nossa Dani, no individual geral aconteceu o que se espera que aconteça quando tanta pressão ée colocada sob os ombros de uma só pessoa. O quarto lugar naquela final pareceu mais um grito de socorro do que uma falha. Aconteceu tudo errado desde o início, Dani começou no salto, segundo sua família Dani é uma ginasta que gosta de programar os saltos que vai fazer, ela se prepara psicológicamente para executar um salto primeiro e depois o outro, mas ignorando sua vontade, os técnicos inverteram a ordem programada pela Dani, só na hora ela ficou sabendo que o salto que ela havia programado para saltar por último seria o primeiro, não podendo modificar ela acabou falhando. Mas tudo bem, havia mais três aparelhos pela frente, aifnal em 96 Shannon Miller venceu o campeonato nacional deopis de uma queda na trave de equilíbrio! Ainda era possível ganhar o ouro com aquela falha no salto!
Os ginastas tem um período de aquecimento antes do re-início da competição, Dani iniciou o aquecimento das barras, quando ela ia aquecer a saída o técnico disseque não era preciso, afinal ela nunca tinha errado aquela saída, mas Dani insistiu e ainda sobrava tempo para fazê-lo, mas eles não deixaram, não precisava! Dani fez todo o exercício corretamente, na hora da aterrissagem.....tocou as mãos no chão, se ao menos fosse um passo à frente, ams ela caiu, e com isso a pressão aumentou com certeza, afinal como ela poderia ter feito algo assim! Nunca tinha errado uma saída! Mas para tudo sempre tem uma primeira vez, e Dani não era exceção. A barra é o melhor aparelho da Dani, um erro ali significa muita coisa menos despreparo, comeeçava a desmoronar, pouco a pouco, se não fosse possível o ouro, pelo menos o bronze estavana mão com uma boa execução na trave, mas na cabecinha dela, mesmo que inconsciente, a única coisa que aconteceria seria uma repetição do que houve com o bronze por equipes, só quedessa vez muito mais intenso, pois ela havia realmente deixado o ouro escapar.
O rosto era a expressão da mais pura verdade, insegurança, medo, e quem sabe até raiva tenha passado por aquela cabeça, quando Dani começou o exercício tudo era possivel, mas depois da primeira sequênica de saltos a queda foi inevitável, para o público que acompanhava a final e sabia quem ela era, a surpresa era total, o desespero, a dúvida, afinal o que era aquilo, que vergonha,tudo tipo de pensamento passou pela nossa cabeça, nossa e ela que havia declarado meses antes que queria chegar ao mudial e disputar o ouro!!!! Como?Segundo os jornais, não era dani quem estava ali, segundo a mídia ela só voltou a sere ela no exercício do solo. Não creio, Era mesmo Dani quem estava ali o tempo todosó que uma Dani ferida, machucada, magoada por ser julgada por algo que ela não cometeu, entregar o ouro, foi inconscientemente a única forma dela gritar " Hei! Eu fiz o máximo que pude, não dependeu só de mim!
Em uma entrevista , a presidente da CBG, Dª Vicélia, deixou escapar o que nós até então nem poderíamos imaginar que estava acontecendo, só quem conhecia do fato profundamente sabia o que significavam aquelas palavras, só quem estava lá dentro sabia das cobranças que Dani recebia, cobranças essas que foram masi altas do que Dani poderia ter suportado e que outras ginastas já passaram. Um treinamento muito mais do que intenso onde ficar ajoelhado no milho parece mais uma brincadeira de criança, tudo isso para uma paresentação medíocre, como ela própria definiu em uma entrevista mas que muita gente que a conhece sabe não ter saído daquela boca.
A final por aparelhos veio e os resultados da Dai pareciam sevir para apaziguar um pouco os ânimos, talvez Dani caísse no esquecimento um poucoenquanto a equipe comemorava as medalhas da Dai. Mas o que poucos sabiam é que muito mais pedras rolaram, Dani não teve sucesso na final por aparelhos e isso com certeza desagradou mais ainda sua técnica Georgette Vidor, ela que é conhecida pelo seu temperamento, pessoa com a qual devemos pensar duas vezes o que vamos dizer....Certa vez assiti a uma bronca que ela dava a uma ginasta num cameponato brasileiro, e depois, questionada pelo reporter ela disse apenas que ela havia treinado para não errar e não deveria ter errado... A revista Veja, certa vez, fez uma reportagem onde ela afirmava " bati, e bato mesmo, esse é o meu método!", depois disso o episódio da Dominique Moceanu fica parecendo briguinha de escola perto dessa, há que afirme, eu nunca vi, que agressões são algo comum nomeio da ginástica, há até o caso de uma técnica russa que trabalha em São Paulo que quase foi expulso do clube porque bateu em uma das ginastas que estava erradno demais, mas acabou sedo perdoada quando os pais souberam que essa é uma prática comum no país dela e ela soube que isso não era permitido aqui. Há o caso de técnico(s) que respondem a processos na Vara da Infância e Adolescência aqui no Rio, imaginem porque?
O que sei é que mesmo sendo uma prática comum, onde até o próprio técnico Bela karolyi já foi acusado de praticar, nãopode ser permitido, e é por conta disso e outras coisinhas que foram se acumulando ao longo desses cinco anos de Flamengo que Daniele Hypolito e sua família foram para São Paulo. Já cansada, Dani, cuja prima treina eem Stº André, apareceu no Arbos para tentar treinar lá, mas infelizmente a escola não tiha condições de hospedar uma ginasta do nível dela. Seus irmãos, Diogo, o mais novo foi a revelação em 98, e o mais velho que treinou no Flamengo até ser expulso por não aceitar os métodos de um técnico que andou por lá um tempo, também foram para São Paulo, estão no Pinheiros. Dani, como não conseguiu treinar no Arbos foi para a Yashi, clube onde treinava antes de ir para o Flamengo, mas recebeu propostas da SOGIPA e do Guarulhos, mas acabou voltando para o Flamengo por causa de dois técnicos de quem ela gosta muito e que acabaram ficando, a idapara um desses dois clubes só vai depender de uma coisa, se os dois técnicos puderem ir junto.
Infelizmente corremos o risco de perdermos mais uma Olimpíada, em 96, o excesso de treinamento deixou de fora Soraia Carvalho, uma fratura por stress foi descoberta na véspera do primeiro dia de competição, isso gerou desentendimentos entre a técnica da euqipe brasileira e o técnico de Soraia, seu pai, e por consequencia a decisão de largar o esporte, pois Georgette alegou que ela não podeira diminuir o rítmo de treinamento às vésperas da competição. Em fevereiro desse ano, Dani ficou de fora do American Cup por causa deuma lesão no pé, isso seria o mínimo não fosse o fato dela saber dias antes que isso poderia acontecer e que deveira diminuir o rítimo de treinamento e procurar descansar o pé, ao contrário do conselho dado pelo médico, Dani teve sua carga de treinos elevada, pois quem sabe se o ginasta aguenta é o seu técnico e não o médico. Depois de tantos exemplos, tantos sinais, será que esse "povo" não aprende?
Eu sou só uma fã, por acaso tenho acesso a certos detalhes do que acontece nos bastidores, mas sei que quem trabalha mesmo no meio, seja técnico, árbitro ou ginasta, sabe de muito mais coisas, só que essas não podem sequer pensar em chegar aos nossos ouvidos.
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