Eu e meus pensamentos...

 


29 de agosto de 1999.

Pela primeira vez em muito tempo eu não assisita a uma campanha tão boa num Pan Americano, pela primeira vez tivemos a chance de realmente competir por algo. A primeira vitória foi o bronze da competição por equipes da ginástica artística feminina, infelizmente a gente não conseguiu o ouro ou a prata, mas tudo bem, do ponto de vista geral conseguimos chegar lá, mesmo que algumas pessoas pensem o contrário. Temos de pensar que nesta competição não tivemos as preliminares, a primeira competição por equipe foi a única, e competimos no mesmo grupo dos nossos principais adversários, Canadá, EUA e Argentina, por esse mesmo motivo não tivemos a oportunidade de acompanhar a pontuação deles e saber se tinhamos de nos esforçar mais. E pela primeira vez, também, tivemos uma boa cobertura das emissoras de TVs, a ESPN Brasil e a Sportv se esforçaram para levar a todos os melhores comentaristas, pelo menos eles não falaram besteira como normalmente acontece. A Sportv contou com a ex-ginasta e árbitra internacional Luisa Parente, que desde o mundial de 97 melhorou muito, e a ESPN veio com o árbitro Gilberto Pantiga.

Mas a vitória maior foi o fato das emissoras terem acertado o nome do esporte, ginástica artística. Antes chamava-se Ginástica Olímpica, mas com a inclusão de mais uma modalidade de ginástica nos jogos Olímpicos de Los Angeles em 84, a Ginástica Rítmica Desportiva, acharam por bem mudar o nome para Ginástica Artística, afinal essas duas modalidades eram Olímpicas, mas no Brasil o nome antigo persistiu, talvez pela falta de conhecimento sobre a GRD, mas graças a este Pan Americano tanto uma quanto outra se firmaram. Não há um programa que quando fale de Pan deixe de mostrar as meninas da GRD e o solo da Dai ou o bronze da equipe brasileira.

Infelizmente, não obtivemos o mesmo desempenho com a equipe masculina, na véspera da competição perdemos um ginasta, e a equipe acabou ficando em 7º lugar, sabíamos que não tinhamos chance para o individual geral, mas com certeza uma ou talvez duas medalhas viriam na final por aparelhos.

Quando as meninas iniciaram a final por equipes, sonhávamos com uma medalha de prata, mas o Canadá surpreendeu e ficamos ocm o bronze mas conseguimos classificar ginastas em todas as finais. A nossa única fraqueza era o salto sobre cavalo, nas barras mostramos que temos ginastas com boas séries como a Dai, a Dani e a Marília, conseguimos sair um pouco do comum, mas não basta que duas ou três tenham uma série de nível internacional e outras três façam apenas aquela série comum. É preciso investir em novos elementos nas barras, mas novos elementos para todas as ginastas.

Se tivessemos e 95 a equipe que temos hoje com certeza teríamos ido às Olimpíadas com equipe completa, as séries da trave mostrou que temos elementos para copetir com qualquer ginasta internacional, só que com um detalhe, tirando uma ou outra ginasta, as séries seriam boas, como já disse, para o mundial de 95. Gente, estamos atrasados!!!! Infelizmente, mas ainda há tempo, quando a Karpenko faz um arabian na trave, a Teza da França tem elemento com seu nome nesse aparelho..... ainda estamos fazendo exercícios não diria ultrapassados, mas sim exercicios comuns. Precisamos arriscar mais! A Dani tem uam ´serie tão boa quantoVanessa Atler, só com uma diferença, a Vanessa tem e demonstra ter uma segurança muito grande naquele aparelho, e a Dani ainda mostra um pouco de insegurança, mas o tempo, os treinamentos vão mostrar que não.

Temos uma equipe muito jovem, e a Marília trouxe um pouco mais de experiência ao grupo, sempre consistente iniciou o solo ao som de Chiquinha Gonzaga, bem brasileiro não? É nesse momento que temos de mostrar o que temos de melhor e ninguem pode tirar, o nosso rítmo! A Dai e a Dani deram um show a parte, a Dai principalmente, mostrou que não deve nada a ninguém no solo, mostrou que pode competir muito bem com ginastas de qualquer país, o bronze para ela no solo foi pouco. Por outro lado, a prata poderia ter sido nossa sim, mas se houvesse um entrosamento maior, uma segurança maior, tinhamos condições se fossem dois dias de competição, pois poderíamos aprender com os erros e com certeza lutaríamos muito mais, só que não deu, a única coisa que nos resta é prepararmos melhor para o mundial em outubro, pois lá estaremos competindo com todo o mundo e precisamos classificar o máximo possível de ginastas para as Olimpíadas de Sidney!

No Masculino temos de ser realistas, a nossa geração de ouro ainda está em formação, são esse jovens ginastas que estão conquistando títulos na divisão infantil, ginastas como o Gustavo Lobo e Diogo Hypolito que estarão prontos mas para 2004 e 2006. Foi grças a campanha da Luisa Parente em 88 e 92 que hoje temos uma boa equipe feminina, é graças a ela que hoje sabemos pelo menos o nome das ginastas que nos representaram em Winnipeg! No masculino não é deferente, alguns nomes começam a despontar coo michel Conceição( que infelizmente não teve sorte) e Kleber Sato, são nomes que começam a ficar grvados nas nossas mentes.

Mas a dedicação, a união, a criatividade nos deram a mais saborosas das vitórias, o ouro com o conjunto da GRD( Ginástica Rítmica Desportiva) mães deixaram seus filhos, grávidas treinaram até o último instante da gravidez.... foram mais de seis meses de treinos intensivos, convivendo horas a fio, seis meninas, seis mulheres, mas compensou, pois elas dominaram a competição desde o inicio e porvaram que eram capazes de conquistar o ouro! Usando músicas tipicamente brasileiras como o baião e o samba, elas encantaram o público e emocionaram-se ao ouvir o hino nacional sendo tocado na premiação. Um trabalho árduo reconhecido finalmente. No individual não passamos das preliminares, não contamos com Kizzy Antualpa que estava machucada, kizzy vem alcançando bons resultados internacionais, mas acabou tendo de ficar de fora dessa vez, mas tudo bem ainda teos as olimpíadas para mostrar toda a nossa força na GRD.

A todos que participaram, parabéns, mesmo que não tenham levado medalhas já valeu por representar o nosso país, tenho certeza de que no futuro teremos muito mais reconhecimento! A vocês, obrigada por terem mostrado lá fora o que é ser brasileiro.

lala

 

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10 de julho de 1999.

Em 13 de março deste ano, aconteceu no Colégio Militar do Rio a seletiva para o Mundial de Trampolim Acrobático na África do Sul. Essa seletiva foi organizada pela Confederação de Trampolim Acrobático, mas recentemente a FIG ( Federação Internacional de Giástica) incorporou o Trampolim Acrobático. No Brasil aconteceu o mesmo com um detalhe.

Mundo a fora, as confederações seguiram o exemplo da FIG, mas deixaram a cargo dos presidentes das antigas Confederções o direito de organizar as competições acatando somente o resultado final. Infelizmente, a CBG por motivos pessoais não quis acatar o resultado da seletiva, como a FIG só reconhece uma Confederação por pais, o presidente da CBTA não pode ter a relação de ginastas selecionados para o Mundial aceito. Em tentativa de conciliação, o presidente da CBTA, uma das pessoas que mais se esforçaram emdivulgar o trampolim acrobático aqui no Brasil foi preterido, e por picuinhas particulares a seletiva foi anulada.

Em nenhum momento a CBG pensou no bem dos ginastas que participaram desta seletiva, algum vindos de longe tiveram de arcar com despesas de hospedagem, condução e alimentação, sem contar na taxa de inscrição. Em nenhum momento pensou-se no desistímulo de outros que teriam de começar tudo de novo depois de terem alcançado o objetivo, uma vaga na seleçõ que irira ao mundial.

Depois demuito discutir foi marcada a data para o último dia 27 de junho, em Viçosa - MG,a nova seletiva, um novo investimento por parte dos ginastas. Alguns chegaram a ficar em duvida se iriam participar ou não, pois qual é o patrocinador que iria querer acar duas vezes com a mesma despesa? a pergunta era, mas já não aconteceu? De novo? É brincadeira? Mas vc já não havia conseguido? Quando se trata da nossa própria família pode-se até tentar entender, mas poucos conseguiram que terceiros os patrocinassem e correram o risco de perdê-los por irresponsabilidade dos organizadores da seletiva.

Os ginastas tiveram mais obstáculos a percorrer, como já não faltasse a falta de estímulos, havia ainda o fato de o novo regulamento permitir a participação de ginastas que ficaram de fora da competição anterior por falta de nível competitivo, e mais, ao chegar em Viçosa descobriram que terima de ser super ginastas para competir num aparelhagem desgastada e ultrapassada. Não é novidade que uma coisa dessas pode levar o ginasta a sofrer sérias lesões, mas alguns até que conseguiram ultrapassar mais este obstáculo.

Quem olha de fora de tudo isso, imagina, pelo menos chegamos ao fim, vmos ao mundial! não, eis que começa a parte mais difícil, infelizmente ginástica no Brasil ainda é das elites, pobre naõ tem esse direito. Eu venho acompanahdo desde março a situação de um ginasta em especial, que passou por duas seletivas, quaseperdeu opatrocínio e agora luta para ir ao mundial. Na primeira seletiva ele conseguiu uma vaga, na segunda ele venceu a final de Tumbling, agora ele amarga a incerteza pois para ir à àfrica do Sul ele precisará desembolsar R$6.000,00, isto mesmo , seis mil reais. O Patrocinador não vai poder judá-lo nesta hora, pois arcar om ida duas seletivas ...., para alcançar esta quantia ele conta co a ajuda dos amigos, do pessoal onde ele treina, ajuda da família.... e ainda estão longe de chegar lá. Parte dessa quantia vai para pagamento de taxas à CBG, e mais a inscrição que será repassada à FIG, algo em torno de um mil reais, e mais hospedagem, passagem ida e volta de aivão,e transporte e alimentação.... coisas que as outras confederações arcam mas que aqui são os próprios ginastas que pagam.

Quando fiquei sabendo disso não acreditei, perguntei-me logo, para que serve a CBG então? conversando com amigos fiquei sabendo que a nossa Confederação não se interessa por outro esporte que não a ginastica artística feminina, que ginastas das equipes masculinas, do jamais receberam um apoio sequer da Confederação Brasileira, isso me fez lembrar um atleta que alcançou um pódio Olímpico sem o apoio da Confederação, e ainda teve de engulir receber a medalha de ouro das mãos do presidente da Confedereação Brasileira de Atletismo que na hora fez questão de entregá-la, coo se houvesse contribuido para alguma coisa.

Outro dia assistindo a TV escutei algo que realmente é verdade: a medalha de ouro das olimpíadas se começa a ganhar em casa nos três anos anteriores! Como pleitear o ouro olímpico se a própria confederação não colabora? Gostaria de saber uanto qo jogadores de futebol desembolsam para participar da Copa do Mundo ou de uma Olimpíada, pelo contrário, recebem para isso e quando chegam lá não fazem o menor esforço para vencer pois o deles já está ganho. Enquanto isso vejo gente que realmente luta para conquistar algo tendo de abrir mão de seus sonhos porque não tem condições de arcar com todos estes custos cobrdos pela CBG que deveria tentar colaborar com seus afiliadaso e não dificultar. Vejo gente lutar, conquistar e ser deixado de lado por pouco caso. Como o COB pretende trazer uma Olimpíada para o Brasil ? Se o único esporte que ganha dinheiro é o futebol?

Certa vez li um livro, muito interessante por sinal, cham-se "Os senhores dos anéis", de 1992/93, onde a corrrupção no COI já era conhecida de longa data, apesar de só agora ter sido escancarada( Olimpíadas de inverno). Falava também dos critérios para escolha de um novo esporte olímpico, entre eles havia a necessidade de um bom retorno financeiro através de público e patrocinadores. Isso me fez lembrar o Braisl querendo ser sede das Olimpíadas de 2004 e toda aquela campanha e gastos inúteis. Qualquer pessoa de bom swenso sabe que enquanto não se mudar a forma de pensar do brasielrio a respeito de esportes não teremos sequer a oportunidade de ficar entre os 5 finalistas!

Num país em que a competição de ginastica tem de ter entrada gratuita, que nem merece um destaque sequer na mídia, se hospedasse uma olimpíada daria prejuízo ao COI, pois só haveria público para os jogos de futebol, e mesmo asism o masculino pois até 96 quando ficamos em 5º nas Olimpíadas nem sabíamos que tinhamos uma equipe feminina!

A alguns meses entrei em contato com o COI para obter informações sobre o porque nunca hospedamos um mundial, aliás, nunca houve um mundial na américa do sul de ginastica artística,. Como resposta escutei que realmente, nunca houve um mundial de ginastica artística aqui na América do Sul, não porque nunca fomos escolhidos, mas porque nunca nos candidatamos! E se não gostaríamos de realizar um evento destes aqui? para tanto bastava ter uma única coisa: $$$$$$$$, isso mesmo, teríamos de submeter uma proposta para receber o mundial, seria como leiloar uma mercadoria, ganharíamos o direito de realizar o mundial do ano tal..... se houvesse uma proposta maior perderíamos. Mas nem proppor chegamos propor.

Uma vez eu disse que tinha o sonho de ver um mundial de ginastica artística aqui no Brasil, talvez este seja um sonho impossível pois nem o orgão maior que deveria defender a ginastica brasileira se importa!Mas eu ainda não perdi as espranças, afinal essa é a última coisa que quero perder,pois enquanto ela existir tudo é possível.

lala

 

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12 de janeiro de 1999.

O final de 98 reservou várias surpresas para o mundo da ginástica, a começar pelo caso da Dominique Moceanu, que resolveu tomar as rédeas da sua vida, saiu de casa, pediu em juízo a sua emancipação, e ganhou, vive agora se escondendo do pai aquem acusa de ter contratado uma pessoa para matar sua técnica, Luminita Miscenco,e um amigo, Brian Huggins.

Domi, como é carinhosamente chamada a queridinha dos corações americanos, vinha enfrentado problemas como maus desempenhos nas comeptições em 97, depois de ter deixado Bela karolyi para ir treinar no próprio ginásio, Moceanu's gymnastics Inc., Domi passou por vários técnicos, que agora se sabe, foram demitidos um a um por seu pai, Dumitri Moceanu.

Segundo Domi, foi Luminita quem a incentivou a treinar, pois vinha sofrendo de uma tristeza profunda, sem animo para treinar. Em Julho, a medalha de ouro nos Jogos da Amizada serviu de acalanto para o seu sofrimento. Em Final de setembro Domi completou 17 anos, e após ver novamente seu pai se desentender com mais um técnico, logo Luminita que a ajudou tanto nos últimos meses. Domi resolveu tomar uma atitude, passou em casa, após o treino, arrumou umas roupas e saiu de casa.

Domi passou o Natal no apartamento que alugou quando saiu de casa, ao lado de sua mãe Camélia e sua irmazinha Christina. Pobre menina rica, dona de um dos maiores ginásios do país, Domi sequer viu a cor dos seus 2,5milhões de dólares que ganhou desde que começou a despontar na ginástica. Com um elefante branco nas mãos não pode sequer ter uma família direito, pois seu pai não pode se aproximar a menos de 150m de distância ou falar com ela ao telefone.

Domi que diz ter apanhado quando era pega com uma simples bala na boca, alega não ter tido infância pois toda sua vida foi voltada aos treinos 3 anos de idade, quando começou. Do outro lado do mundo, a ginasta Gina Gogean, cujos ganhos durante sua carreira foram bem mais modestos, diz não ter arrependimento nenhum por ter sacrificado sua infância.

Aqui no Brazil Daniele Hypolito tem dis horários de treinos diarios, não tem tempo para mais nada, toda sua famíla vive voltada para o esporte, de onde tira o sustento também não tem reclamações, apenas esperanças de um dia participar de uma Olimpíada e vencer!

Pobre menina rica, que sorrindo dava entrevistas na época da vitória em Atlanta, que chorou de emoção na premiação do Goodwill Games e chora novamente porque o pai empatou todo o dinheiro num ginásio que parece não estar indo muito bem das pernas.

Quisera Deus que apenas um quarto desse dinheiro fosse investido na ginástica brasileira!

 

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03 de novembro de 1998.

Faz um bom tempo que eu não passo por aqui, não que eu estivesse sem assunto, pelo contrário, apenas preferi trabalhar off line dessa vez. Para hoje preparei um artigo sobre doping que você poderá ler clicando aqui.

 

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15 de fevereiro de 1998.

Eu moro no Rio de Janeiro desde que nasci, e outro dia quando ia trabalhar passei pelo Largo da Carioca, famoso pela grande concentração de "trombadinhas". Bom, a algum tempo já não há tanta concentração assim, mas ainda corre-se o risco de ser assaltado lá, principalmente se você usa jóias ostensivas, ou traz escrito na testa: TURISTA.

Mas a algum tempo o Largo da Carioca vem recebendo uma atenção especial das autoridades, há muitos eventos realizados ali, até o fim do ano de 97 havia uma feira de livros, com stands de diversas livrarias e editoras. Era seguro passar por ali até de noite. Mas como tudo que é bom acaba...Mas voltando um pouco, outro dia eu passei por ali, e notei que a feira havia terminado e em seu lugar voltavam a surgir aqueles grupinhos de pessoas assistindo outras fazerem alguma coisa.

De um lado era um cara tocando algum instrumento, de outro um cara desafiando a assistência para uma queda de braço, mais adiante era um mágico, mímico ou palhaço... Mas enquanto caminhava uma coisa chamou aminha atenção: um capoeirsta apostava com o público que era capaz de dar um mortal grupado para frente. Aceita a aposta ele tomou distância, correu, saltou e saiu para recolher a aposta. Eu ri, pois o que deixou o público ficara estupefato foi parte dos exercícios obrigatórios de solo em Atlanta 96, um exercício fácil. Então lembre que a um tempo atrás um colega capoeirista brincando deu um giro no ar, na vertical, meio desejeitado mas deu. Mais tarde comecei a perceber que uma febre tomava conta da cidade, em muitos lugares em que eu ia não deixava de ver alguém aprendendo a tocar berimbau, isso quando não era um grupo de capoeira.

Neste dia em que eu passava pela Carioca e vi aquela cena, juntei todos os retalhos e descobri que o brasileiro, inconscientemente gosta de ginástica, apenas não sabe. Quantos circos passaram por aqui, quantos milhares de pessoas não ficaram maravilhados com os acrobatas?

E o que é a capoeira, senão exercícios ginásticos? Os mais experientes ensaiam saltos mortais, claro falta técnica, mas o que o público gosta são os mortais. executados de tenis no chão sem nenhuma proteção ou consciência do perigo que é um lesão no joelho devido aos saltos e a força que o corpo exerce. Mas tudo bem, o importante é deixar o público de boca aberta ao ve tão perto o que muitos pagam para ver de longe em competições. Realmente, não é preciso muito espaço, menos de 10 metros é suficiente, em homens em torno de seus 28/30 anos executam seus mortais grupados de costa.

é lindo ver o público aplaudir, mais bonito é vê-los chegar, mais e mais. Realmente o público gosta, mas porque será que no festival Olímpico de verão as arquibancadas estavam vazias? Talvez porque o público que lá estava não fosse o mesmo que forma grupos nas rua para ver simples homens e seus mortais. Quem em sã consciência vai se deslocar do subúrbio para assistir a uma comeptição que termina tão tarde e na zona sul? Eu! mas tive de sair correndo para não pegar o último carro do metrô.

Imaginem a Largo da Carioca, 11horas da manhã; o número de pessoas que transitam por ali é enorme, e o principal: é gente comum, isto é, é o povo. Agora imagine um tablado armado bem no meio com uma arquibancada em meia lua, de umas cinco fiadas para o povo que não tem pressa sentar-se. Imagine um(a) ginasta ali, se um mero mortal grupado leva o público ao delírio, imagine um duplo carpado, um triplo parafuso, um grupado com contra-salto.... e claro alguns giros, saltos, um shushunova ou dois......

Os EUA realizam nos intervalos uma chamada para aqueles que querem se tornar ginastas, crianças brincam de saltar na cama.... Imaginem a cena do parágrafo acima convidando as pessoas a levarem seus filhos para a ginástica, dando uma opção além do futebol, cuidando par o surgimento de novos campeões. Chamndo o público para futuros eventos.

Sonho? apenas previsões de um futuro melhor para nossa ginástica.

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15 de janeiro de 1998.

Decidi criar esta página devido a pouca quantidade de páginas brasileiras sobre ginástica.

Sou uma grande fã de ginástica desde os quatro anos quando assistindo o jornal ouvi Cid Moreira anunciar a primeira nota 10 na ginástica artística, em uma Olimpíada. Era 1976, a ginasta, todos sabem, Nadia Comeneci.

Este sentimento ficou mais vivo com a chegada das Olimpíadas de Los Angeles, cresceu ainda mais com Seul. Nesta época as emissoras de TV davam um pouco de destaque a ginástica devido a classificação de Luisa Parente para as Olimpíadas. E, quando novamente em 91, Luisa, conseguiu se classificar para Barcelona fui a loucura, pensava:" desta vez a ginástica vai deslancchar!", pobre demim, Luisa não conseguiu bons resultados, a exceção foi para as barras, e a midia deixou o esporte no esquecimento.

Quatro anos passei sem notícias, triste por nunca ver na tv notícias sobre a ginástica, até que a internet chegou a minha casa( ou eu cheguei até ela) e consegui ter notícias sobre todas as competições já ocorridas. Em Atlanta, o desempenho e o esforço de Kerry aumentou um pouco o interesse da midia , mas nem tanto.

Um dia, achei a página da CBG - Confederação Brasileira de Ginástica, antes chamada de Home Page não oficial da Ginástica Brasileira, ou algo assim. E conversando com a webmaster Eugênia, pensei, porque não fazer uma página sobre ginástica? não a ginásica brasileira, devido a dificuldade em arranjar informações, mas sobre as ginastas do mundo inteiro! Ainda não tinha visto uma página toda em ortuguês, já tinha, sim, visto páginas de brasileiros em inglês, mas não em português.

Um dia acessei a internet e comecei a colocar tudo que eu tinha e sabia, quando recebi a carta de um penfriend que fiz na França.Todo entusiasmado só sabia falar que eu devia adorar futebol, talvez este nem fosse seu esporte favorito, mas como ele ouvia dizer que o Brasil é o país do futebol..... achava que todos aqui só gostavam de futebol.

Eu fiquei chateada, pois no Brasil existem tantos outros esportes, e ninguém dá atenção! Não tenho nada contra futebol, mas chega uma hora que cansa. Voltei então a prestar atenção aos jornais e percebi que os cadernos esportivos só sabiam falar de futebol, liga americana de basket, volei de praia, fórmula 1, tenis e natação. Nem ligaram quando o Brsil em 97 venceu a equipe feminina americana no Pan amerinacan Invitation em fim de 96 no Canadá.

Eu gostaria que o Brasil fosse conhecido não só pelo futebol, mas por suas belezas naturais, e por ser um país democrático, tanto na política como no esporte. Gostaria que a mesma atenção que é dada ao futebol fosse dado a outros esportes, como a ginástica, patinação, tenis de mesa. Gostaria de não ver delegações de futebol indo a São Paulo de avião enquanto nossas ginastas são obrigadas a fazer longas viagens de ônibus. Gostaria de ver um telejornal anúnciar a nova campeã nacional de ginástica com a mesma ênfase que anuncia o vitorioso do amistoso Brasil X Coreia.

Eu gostaria de poder comprar uma boa revista sobre ginástica aqui no Brasil, e/ou aqui do Brasil, pois é vergonhoso saber que as boas revistas internacionais não comercializam com o Brasil. Gostaria de poder comprar uma revista esportiva nacional e ter certeza de que ela não vai tratar somente de futebol, que vai dar atençã a outros esportes também. Eu gostaria que , assim como a midia a um bom tempo vem dando apoio ao tênis, tanto que em 97 o Guga venceu um torneio internacional e agora o Peter Sampras ( nº 1 do ranking mundial que já derrotou todo mundo, menos o Guga), a midia desse um apoio maior a ginástica, pois só através deste incentivo novas ginastas serão descobertas.

Eu gostaria de um dia poder assistir a uma competição de nível internacional aqui no Brasil. Eu cheguei a sonhar com uma Olimpíadas, mas para ela vir para cá, muita coisa tem de mudar, aqui e no COI.

Eu tenho sonhos como qualquer outra pessoa, mas agora, neste intante, meu maior sonho é poder ver mais atenção da midia para a ginástica. O Brasil é enorme, e pouco explorado, assim como eu um dia quis ser ginasta, tem muita criança neste país que também gostaria, algumas nem sabem ainda, mas como não veêm o espelho na TV não podem dizer. Por que a China, os EUA e antigamente a União Soviética e agora Russia possuem as melhores ginastas? O Brasil é tão grande como eles, se investissem, estaríamos no topo do ranking. Até o Japão consegue classificar-se entre os 36 melhores países do mundo! Por que o Brasil não conseguiria?

Mas com certeza, você deve estar se perguntando como clamar por ajuda? Cartas e e-mails para as emissoras de TV, para os jornais, para as revistas especializadas, para as rádios. Não é escrever uma carta, e sim várias, mais e mais, até ver que surtiu efeito.

É fazer ouvir a nossa voz que pede mais atenção para a ginástica artística enquanto ela está engatinhando, porque depois que alguma ginasta alcançar o sucesso por si só não haverá mérito algum.

Acho que já falei demais, por isso vou ficar por aqui. Espero que você goste da minha página e que volte sempre, pois pretendo estar sempre atualizando.

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