O Alvorecer do Homem - As antigas culturas da Europa
A Velha Europa
Quando da revolução Neolítica, caracterizada pela chegada da agricultura e
do pastoreio em substituição à coleta e caça anteriomente utilizadas pelos primeiros
homens para sobreviver, assim como a expansão da produção de cerâmicas, A Europa
começa a ganhar diferenciação regional de vulto.
A região primitiva dos indo-europeus
Dentre os inúmeros grupos do Período
Neolítico, um ganhou dimensões especiais: os indo-europeus.
A pátria original dos indo-europeus não pôde ainda ser estabelecida sem discussões.
Mas certamente era nas estepes russas, ao norte do Mar Negro.
A revolução do Neolítico, iniciada no Oriente Médio, se propagou da Turquia (Anatólia) para a Eurásia. Uma dessas frentes expansionistas cruzou o Estreito de Bósforo, entre a Turquia e a Europa, e foi alterando a cultura dos povos ali existentes. Alguns desses povos, como os kurgans (ou povos da cultura do Machado de Guerra), habitantes de zonas ricas em minérios e de campos férteis, propícios para a agricultura e a criação de gado, se viu às voltas com um crescimento populacional explosivo, fato solucionado pela expansão sobre territórios ainda virgens ou muito pouco densamente habitadas, em decorrência da recente (em termos geológicos) retração da Idade do Gelo no norte europeu.
Não foi difícil para os indo-europeus, melhor armados e dotados de tecnologia de obtenção de alimentos menos sujeitas às migrações da caça, impor-se sobre os povos da Cultura das Jarras do norte europeu. O movimento não era apenas físico, mas também gerava ondas de choque culturais que alteravam os hábitos dos aborígenes sem necessidade de subjugação militar.
À medida em que se assentavam nas novas regiões, absorviam dos nativos parte da cultura local, principalmente os vocábulos que designavam elementos novos a sua cultura. Por exemplo, relativas ao mar. Assim, subfamílias culturais e linguísticas iam se desenvolvendo.
A língua primitiva dos indo-europeus
O indo-europeu era uma língua de caráter ergativo.