O Anú | Balaio | Cana-Verde | Caranguejo |
Chimarrita | Chimarrita-Balão | Chotes | Chula |
Maçanico | Meu Cabelo (Terol) | Pericom | Pezinho |
Polquinha | Quero-Mana | Rancheira de Carrerinha | Rilo |
Tatu | |||
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Meu Boi Barroso(*) | Merceditas | Prenda Minha(*) |
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" 'O Balaio é brasileiro da gema e procede do Nordeste', assevera Augusto Meyer em seu 'Guia do Folclore Gaúcho'. Do ponto de vista musical, o Balaio guarda nitidamente a feição de nossos velhos lundús, aqueles mesmos lundús ques criaram, no Nordeste do Brasil, o baião ou baiano. Nas estrofes de seu canto, outrossim, o Balaio relembra quadrinhas dos sertanejos, não faltando sequer um redundante 'não quero balaio não' bastante estranho ao linguajar gauchesco. Constituiu uma dança popular em toda a campanha do Rio Grande do Sul, até fins do século passado. O nome 'balaio' origina-se do aspecto de cesto que as moças dão a suas saias, quando o cantador diz: 'Moça que não tem balaio, bota a costura no chão'. A esta última voz, as mulheres giram rapidamente sobre os calcanhares e se abaixam, fazendo com que o vento se embolse nas saias." (op. cit.)
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"A 'Cana-Verde' chegou de Portugal, e se tornou popular em vários Estados brasileiros. Naturalmente foi adquirindo cores locais, em cada região e desta forma produzindo variantes da dança-origem..." (op. cit.)
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"Oneyda Alvarenga diz-nos, em sua 'Música Popular Brasileira' que o 'Caranguejo' foi popular no país todo e sobre ele há referências desde o século XIX. Sua larga difusão no Rio Grande do Sul é aquilatável principalmente pela constância com que surgem, ao pesquisador, em todo o Estado, a música e a letra desta antiga dança. De um modo geral a coreografia não apresentou variantes, nas diferentes regiões do Estado..." (op. cit.)
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"Quando os colonos açorianos, na segunda metade do século XVIII, trouxeram ao Rio Grande do Sul a 'Chamarrita', esta dança era então popular no Arquipélago dos Açores e na Ilha da Madeira. Desde a sua chegada ao Rio Grande do Sul, a 'chamarrita' foi-se amoldando às subseqüentes gerações coreográficas, e chegou mesmo a adotar, em princípios de nosso século, a forma de dança de pares enlaçados, como um misto de valsa e chotes. Do Rio Grande do Sul (e de Santa Catarina), a dança passou ao Paraná, ao Estado de São Paulo, bem como às províncias argentinas de Corrientes e Entre-Rios, onde ainda hoje são populares as variantes 'Chamarita' e 'Chamamê'. A corruptela 'Chimarrita' foi a denominação mais usual dessa dança, entre os campeiros do Rio Grande do Sul" (op. cit.)
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"A 'Chimarrita-balão' é conhecida somente no litoral-norte e planalto-do-nordeste do Rio Grande do Sul. O 'Balão' foi uma dança bastante vulgarizada em Portugal no século passado, e teve, no Brasil, variantes como o 'Balão-Faceiro'. Não encontramos, a não ser na denominação, a mínima semelhança entre a 'Chimarrita-Balão' e a tradicinal 'Chimarrita' ". (op. cit.)
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"... Durante meio século [a partir do início do século XIX], Paris somente dançou ao ritmo de valsas, schottisches, polcas e mazurcas... " [...]
" ...Tal como acontecera com as danças de anteriores ciclos coreográficos, a 'schottisch' veio a se amoldar, no Rio Grande do Sul, à instrumentação típica (então a cordeona já se fixara como instrumento solista por excelência, nos bailes campeiros), e deu margem a uma nova criação musical, bastante viva, e que hoje constitue verdadeira manifestação folclórica do gaúcho: é o 'chotes' ...". (op. cit.)
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"A 'Chula', por seu caráter de desafio, aproxima-se do 'Malambo' dos platinos. E pelo seu caráter de dança de habilidade por sobre uma haste de madeira, aproxima'se de certas danças brasileiras de fundo ginástico, como os 'moçmbiques', onde pedaços de pau servem não só para figurarem de espadas ou 'esgrimas', como também para - entrelaçadas no chão - propiciarem aos dançarinos a demonstração de suas habilidades coreográficas". (op. cit.)
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"Essa dança, por suas características coreográficas, parece ser portuguêsa (apesar de música adquirir, quando executada por violonistas autênticos do Rio Grande do Sul, um estilo sincopado muito próprio, alheio à música portuguêsa). Com o nome de 'Maçanico' surgiu no Estado de Santa Catarina e daí passou ao nordeste e litoral norte do Rio Grande do Sul. É uma de nossas danças mais animadas. [...] O nome 'maçanico' constitui uma corruptela de 'maçarico', ave do sul do Brasil." (op. cit.)
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"O terol é dança popular apenas no litoral norte, planalto do nordeste e em alguns pontos da região colonial do Rio Grande do Sul. [...] Talvez seja dança introduzida no Rio Grande do Sul por imigrantes tiroleses integrados à imigração italiana." [...]
"Musicalmente não há maior diferença entre a 'Rancheira' e o 'Terol', a não ser quanto ao fato de acentuar-se bastante, na 'rancheira' o 1o. tempo de cada compasso." [...]
"No Rio Grande do Sul, o 'Pau-de-Fita' ainda hoje é dançado, embora com raridade, no litoral norte e no planalto do nordeste, como parte integrante das festas de Reis, que culminam a 6 de janeiro. Em épocas anteriores, porém, o 'Pau-de-Fita' foi dançado praticamente em todo o Estado [...] por ocasião das comemorações ao Divino Espírito Santo. [...] É mais uma 'dança ensaiada', apresentada por 'ternos' em festas populares de fundo católico." (op. cit.)
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"Como reflexo do que ocorrera em Paris e em toda a América, surgiu no Prata, na primeira metade do século passado, uma dança de conjunto chamada 'Pericom'. Este nome advinha do fato de haver um 'perico', ou mandante de figuras, encarregado de coordenar os movimentos. [...] A melodia do 'Pericom' - embora enriquecida por harmonizações as mais variáveis - é de modo geral a mesma tanto no Uruguai como na Argentina e no Rio Grande do Sul. A melodia tradicional foi registrada em 1887, no interior do Uruguai,pelo musicologista Gerardo Grasso." (op. cit.)
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17.
TATU (com "Volta-no-Meio")
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Eu escutei este chotes no CD 'Baile Gaúcho' e achei o balanço muito gostoso. O Tio Bilia também é uma 'Fera'! Tratei logo de tirar de ouvido a melodia e a transcrevi para o acordeon.
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Essa é melodia também não podia faltar..
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Essa é uma melodia das mais tradicionais. Acho que todo gaúcho já nasce sabendo "tocá-la"...
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