ESTA É SUA VIDA, MOUSETRAP

Já que é pra fazer uma página sobre a história da banda, bem, vamos fundo mesmo então! Começando com a primeira formação, em agosto/95, que já tinha Beto no baixo e Mike nos vocais, e também Ludwig na guitarra e Enilson nas baquetas. "Supermouse" é dessa época, foi a nossa primeira composição e até hoje a levamos - um punk rock básico em inglês, de letra sem pretensões. Ninguém tocava lá essas coisas e a banda era mais pra passar o tempo e tal. Ainda em '95 Ludwig acabou saindo e houve uma inversão nas posições, com Beto indo para as seis e Yuri, baixista de influência thrash, assumindo as quatro cordas. As músicas começaram a ganhar uma cara mais limpa, fomos dando um tempo nas covers e nos entrosando cada vez mais. Em março/96 tocamos pela primeira vez, já com Apenas Ficção e Voz da Razão no repertório. Enilson acabou saindo em abril/96, para a triunfal entrada de Dawton, batera de muita técnica e peso que mudou radicalmente a banda pra melhor. Essa formação já estava afiada quando chegou quem faltava, o guitar hero Rogério, vindo dos recônditos de Teresópolis. Virtuosíssimo, o cara acrescentou muito ao som da banda com seus riffs e solos matadores. Ganhamos então confiança pra gravar a primeira demo, que ainda hoje recebe elogios onde é ouvida (veja algumas resenhas que saíram na época do lançamento). Foi a época também dos maiores shows, como na concha acústica da UERJ, com Funk Fuckers, Defectos e Kamundjangos, pra umas 2000 cabeças (valeu Elias!) e no Pedropalloza, showzão organizado pela Sociedade HQ (onde andam, Ronald, Alexandre?) com umas 12 bandas no CPII de São Cristóvão (incluindo as mesmas da UERJ mais Poindexter, Ack, Zumbi do Mato e outros). Tudo ia bem quando Yuri viajou para o Sul no carnaval/97 e.. não voltou mais, ficou por lá! Foi aí que apareceu na área o Godinho, chupa-cabras de Bangu, profundo conhecedor do hardcore em todas as suas vertentes (ooooh!), que com seu baixo ágil e palhetado -Yuri mandava no dedo, a la Steve Harris - completou a "formação clássica" da Mousetrap. Esse time era bom mesmo, por onde passou deixou boa impressão... e fomos fazendo o circuito under da época, Garage, Empório, Bar da Rosa, até que.... aconteceu, do nada Rogério pulou fora alegando motivos pessoais. Dawton também saiu, envolvido com outro projeto, mais pop (não condenem o cara, músico também precisa comer,né?). E aí foi o triste fim da história, com shows marcados pra todos os fins de semana por mais de dois meses e resenhas por demais simpáticas saindo em todo lugar, acabou a MT. Mas foi o fim mesmo? Nada, olha nós aqui de novo! Mike, Beto, Godinho (esses dois trocando de posto, com o primeiro de volta ao baixo e o outro na guitarra base) mais os recém-chegados batera Thiago - o menino-prodígio - e o guitar hero Serginho, na estrada de novo. Nesse hiato de mais dois anos muita coisa aconteceu, muitas músicas novas foram compostas, outras influências foram ouvidas... vamos ver aonde vamos chegar dessa vez, espero que longe!

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