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As línguas antigas da Itália

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A língua volsca

I Volsci; "ferocior ad rebellandum quam bellandum gens"(Livio 7, 27, 7)

Introdução

       Na península itálica viviam os Apeninos, população autóctone de produção material bastante homogênea.

        O fim da Idade do Bronze vê aparecer no centro-sul da península os primeiros grupos indo-europeus, da cultura dos Campos de Urna, vindos do norte, que vão se mesclando e impondo lentamente sua cultura sobre a aborígene e dela recebendo contribuições.

        Os volscos falavam uma língua do ramo sabélico. Infelizmente, pouco ficou registrado dessa língua, face a sua conhecida pobreza material.

A língua dos volscos

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        O alfabeto volsco era de origem latina, com a substituição do Ç por um C invertido. Uma consoante sibilante também utilizada pelos umbros e inexistia no latim.

        A gramática do volsco guarda características semelhantes às das demais línguas do grupo osco-umbro, como o uso do /p/ ao invés do /kw/ do proto-indoeuropeu, como na palavra pis para a latina quis (quem). Além disso, apresenta frequente perda de consoantes finais.

        A língua volsca preservou o genitivo feminino em -as.

        O pretérito perfeito apresentava a reduplicação da sílaba inicial, fenômeno comum nas falas indo-européias. A desinência de particípio era em -f e não em -ns, terminação usual no proto-indoeuropeu.

         O volsco tinha um dialeto chamado Auruncan.

Inscrições

O Machado de Satricum

inscr_Satricum.jpg (161274 bytes)        Essas fontes são um pequeno machado votivo, miniaturizado e feito de chumbo, encontrado numa sepultura em Satricum  com uma frase escrita em alfabeto sabino arcaico:

iúkús: ko : efiei

que se traduziu por "ao lugar de Aedius".

        Considera-se surpreendente o uso de um alfabeto arcaico numa zona já latinizada e com forte influência etrusca.

 

A Tábua de Veliterna

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        Outra manifestação do idioma dos volscos está na Tábua de Velletri, datada de depois de 312 a.C., quando a cidade já estava sob domínio romano. Tinha inscrição em quatro linhas e certamente diz respeito a uma lei sagrada. Nela se menciona a deusa Declona e duas meddices (autoridade suprema naquela cidade itálica).

 

deue declune statom. sepis atahus, pis uelestrom Ao sagrado Decluno. Se alguém toca, qualquer dos cidadãos de Veliterna,
façia esaristrom se bim asif, uesclis uinu arpatitu Faça seu sacrifício: um boi, ovelha. Que seja expiado por uma taça de vinho
sepis toticu couehriu sepu, ferom pihom estu. Se alguém [permite] a dez pessoas, seja o ferro piedoso
ec se cosuties ma ca tafanies medix sistiatiens .

 

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Administrador: Marco Polo Teixeira Dutra Phenee Silva